Saurimo – Quarenta e seis mil 133 postos de empregos foram criados em todo o país, desde o inicio do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), revelou, terça-feira, em Saurimo (Lunda Sul), o secretário de Estado da economia, Mário Caetano João.
Em declarações à imprensa, o responsável afirmou que o número de empregos se deve a vários projectos aprovados no quadro do PRODESI (lançado nos finais de 2019) e que no princípio do ano em curso foram gerados cinco mil postos de trabalho.
Sobre a não aprovação de alguns projectos de certos empreendedores, explicou que um dos principais motivos tem a ver com insuficiências nos estudos de viabilidade económica e financeira, ausência de garantias reais, identificação dos beneficiários efectivos, peças contabilísticas e situações irregulares.
No que toca aos apoios das vendas no mercado interno, o Ministério de tutela, criou o portal da produção nacional, que actualmente conta com nove mil 469 produtores registados, dos quias mais 405 inscritos na semana transacta.
Mário João fez saber que o Ministério da Economia tem como meta atingir 500 mil produtores no Portal da Produção Nacional, no qual as províncias com maiores números registados são a Huila, com 1.556, Bié (1.448) e Huambo (1.444).
Perspectivas
Neste capítulo, o responsável referiu-se ao Programa da Reconversão Económica Informal, que constitui o segundo pilar, cingido na formalização (em 2020) de micro-empreendedores. A meta para 2022 é de formalizar mais de dois mil.
Explicou que este ano, em menos de dois meses, formalizou-se 603 micro-empreendedores, de um grupo de 750 previstos, que estão já a beneficiar de diversos incentivos, com um montante aprovado na semana transacta de AKZ 53 milhões.
Igualmente foram validados projectos estimados em 280 milhões de Kwanzas, de 83 pedidos de micro créditos, em 526 solicitações registadas desde o início do ano.
Numa perspectiva territorial os 83 projectos aprovados estão distribuídos pelas províncias de Benguela (22), igual número para Luanda, da Huila (14), do Namibe (13) e do Huambo (12).
Por outro lado, Mário João, reafirmou que o Executivo angolano está a criar mecanismos que visam promover e estimular a produção local, como forma de dinamizar o sector privado na diversificação da economia.
Tal desiderato, segundo o responsável, é por via da implementação de vários programas, através do Banco Angolano de Desenvolvimento (BAD), bem como a aquisição em quantidade de meios que facilitam a produção e escoamento dos produtos resultantes desse fomento e criar reserva estratégica alimentar.
Durante a sua visita nessa circunscrição do Norte de Angola, Mário João auscultou empresários do sector produtivo, visitou um aviário, obras de 43 salas de aulas no bairro Txizainga, projectos de piscicultura e o Pólo de Desenvolvimento Diamantífero.
Ainda hoje, rumou ao município do Cacolo, para constatar “in-loco” as empreitadas enquadradas no Programa Integrdo de Intervenção nos Municípios (PIIM) e Eurobonds, com destaque a construção do bloco operatório e ala de raio-X, escolas de sete salas de aulas.
Antes, o secretário de Estado da Economia reuniu-se com o governador da Lunda Sul, Daniel Neto.
