Luanda - Setecentos e 44 projectos foram provados, desde 2019, para financiamento no quadro do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi), informou, hoje, o secretário de Estado do Planeamento, Milton Reis.
Falando em Luanda, no habitual Briefing bissemanal do Ministério da Economia e Planeamento, sublinhou que os projectos aprovados ascendem os 491,9 mil milhões de kwanzas, perspectivando a criação de 45 mil postos de trabalho.
De realçar que na última semana foram reportados 8 projectos aprovados, pelo Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA - 5), Banco de Fomento Angola (BFA - 2) e Banco Comercial do Huambo (BCH - 1), dos sectores da agricultura (5), pecuária (2) e indústria transformadora (1).
Segundo o responsável, no geral, os projectos estão distribuídos pelos sectores da Agricultura (347), do Comércio e Distribuição (215), Indústria Transformadora (103), Pecuária (30), Aquicultura (24), Pesca Marítima 20 e Pesca Continental 5.
Milton Reis disse estar a decorrer o cadastramento dos produtores no Portal da Divulgação da Produção Nacional (PPN), sendo que, em termos cumulativos (2020/2021), o Portal tem registado nove mil 779, mais 310 que na semana passada.
Em relação ao Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI), o secretário de Estado do Planeamento informou que na últims semana foram registados 86 pedidos de créditos, num valor de 81,1 milhões de Kwanzas.
De acordo com o responsável, desde a operacionalização da linha de financiamento de micro-crédito das Medidas do Alívio Económico foram registados mil 883 pedidos num valor aproximado de AKz 4,4mil milhões.
Por outro lado, o sócio-gerente da empresa “La Margarita II”, Restiny Henriques, que esteve a partilhar a sua experiência no evento, disse que a sua organização beneficiou de apoio no âmbito das Medidas de Alívio Económico e agora está a apostar na produção nacional.
Segundo o empresário, a empresa que anteriormente vendia cerca de 100 mil grades de bebidas por mês, vai apostar na produção de cereais.
Adiantou que o financiamento foi uma mais-valia, porque a primeira acção vai criar mais produção local, ao produzir 140 toneladas de feijão numa área de 160 hectares de terra, contando com aproximadamente 600 trabalhadores.
“No interior do país, há um grande investimento na produção nacional. Acreditamos que, em 2022, se a chuva cair bem, teremos produção para exportar, porque além do interno que temos de atender, teremos excedentes para vender nas regiões fronteiriças”, augurou.