Luanda – O primeiro laboratório de análises de micro-diamantes, em Angola, arranca neste mês de Abril, em Saurimo, Lunda Sul, num investimento 100 por cento nacional.
Segundo o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, que falava num encontro com jornalistas, no quadro da abertura das jornadas do “ Trabalhador Mineiro”, cuja data se celebra 27 de Abril, o laboratório vai permitir determinar o teor dos diamantes e saber o seu valor económico, ajudando as empresas ligadas ao sector na operacionalização deste processo.
A este empreendimento de análise de micro-diamantes junta-se também ao laboratório Regional do Instituto Geológico de Angola (IGEO) de Saurimo, cuja inauguração está agendada para o dia 25 de Abril.
Reformas trazem multinacionais
Diamantino Azevedo, na mensagem dirigida ao trabalhador mineiro, destacou os ganhos registados, neste período de cinco anos, com a implementação de reformas que trouxeram ao país multinacionais como a Angloamerican, Rio Tinto, Tosyali e a Pensana, empresas que estão a agregar valor a “florescente” indústria mineira.
Como resultado da confiança e fruto das reformas iniciadas e implementadas no sector, Diamantino Azevedo considera haver melhorias do ambiente de negócios, olhando para as acções, algumas concluídas e outras em curso.
Na sua mensagem afirmou que durante o mandato legislativo, que termina este ano, foram assinaladas conquistas importantes como a aprovação e implementação do novo modelo de governação do sector mineiro, a construção do Pólo de Desenvolvimento Mineiro de Saurimo, com fábricas de lapidação de diamantes e centro de formação técnico-profissional, para os técnicos necessários à actividade mineira.
O ministro destaca também o aumento significativo da prospecção de minerais como cobre, níquel, cobalto, elementos de terras raras, nióbio e fosfacto, como sendo alguns essenciais para a transição energética.
Sem avançar números, disse ter sido também marcante a actividade de exploração de diamantes, rochas ornamentais, areia siliciosa, argila, gesso e calcário, bem como o inicio da exploração de ouro, ferro e manganes no período pós-independência.
A transição energética são entre outros desafios deste sector, uma acção que está a ser tutelado pelo Ministério da Energia e Àguas.