Prestadores de serviços no Bié recomendam transparência na contratação pública

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  • Bié • Quinta, 02 Fevereiro de 2023 | 15h53
Participantes ao workshop sobre ´ética na contratação pública`
Participantes ao workshop sobre ´ética na contratação pública`
Leonardo Castro-ANGOP

Cuito - Os prestadores de serviços no Bié pediram nesta quinta-feira, no Cuito, uma maior transparência no processo de contratação pública, para meter fim ao fenómeno "testa de ferro", forjados na sua maioria por empresários enquanto titulares de cargos públicos.

A recomendação foi deixada pelos empresários, no final do workshop sobre a "Ética na contratação pública", promovido pela Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE) no Bié.

O empresário Sandro Vilombo Miguel pediu a revisão necessária Lei da contratação pública, por ela, no seu entender, dar brecha para que o gestor público se constitua também empresário, apesar de não ser na primeira pessoa.

Explicou que muitos gestores públicos criam empresas em nome de parentes próximos, que acabam por ser os seus "testas de ferro”.

Apelou à IGAE a melhorar as técnicas de actuação, olhando mais para este fenómeno, que muito incentiva a corrupção.

Por sua vez, Paulo Eduardo, outro empresário ligado à construção civil, disse que, apesar de já haver alguma melhoria, é de opinião que os agentes da contratação pública trabalhassem com equilíbrio e lisura, de modo a não atribuir empreitadas sem concursos.

Afirmou que a realidade ainda é notória no Bié, considerando ser uma disputa desproporcional, pelo facto do servidor público ser árbitro e jogador ao mesmo tempo.

A medida tem prejudicado sobremaneira a sobrevivência das empresas locais, que pouco ou nada conseguem trabalhar.

Na ocasião, a delegada da IGAE no Bié, Elsa Cristina Neto, realçou que a inobservância da lei da contratação pública dá origem a rescisão do contrato e abertura de inquéritos.

O evento, que enquadrou-se no âmbito das jornadas alusivas ao 31° aniversário da IGAE, assinalado a 17 de Janeiro, reuniu também os administradores municipais e seus adjuntos.

Em declarações à ANGOP, o administrador municipal da Nharêa, Neves Chissonde, considerou uma mais-valia o certame, pelo facto de esclarecer os seus limites em termos de contratação pública.

Já o administrador municipal do Chitembo, Alexandre José Celestino, pretende continuar a trabalhar no princípio da imparcialidade e transparência. Portanto, recomendou à IGAE a continuar com o seu trabalho, para recuperar a credibilidade do Estado.



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