Luanda - O Presidente da Namíbia, Nangolo Mbumba, visitou esta terça-feira, em Luanda, o Centro dos Serviços Logísticos Integrados da Sonangol (Sonils), onde se inteirou do funcionamento desta infra-estrutura, que apoia em 65 por cento do global da produção petrolífera de Angola.
Integrada no Porto de Luanda, numa área de dois milhões de metros quadrados (2.000,000 m2), a Sonils está vocacionada ao abastecimento em terra “onshore”, com o intuito de maximizar a competitividade entre os operadores petrolíferos e contribuir para a redução dos custos operacionais.
Nesta visita, o Chefe de Estado namibiano, para além de conhecer a importância dessa infraestrutura para a indústria petrolífera, ficou a saber que na base Sonils operaram 151 companhias, das quais 40% nacionais, que movimentam mais de três mil trabalhadores diariamente.
Em breves declarações à imprensa, o Presidente da Namíbia expressou que Angola tem uma vasta experiência no sector petrolífero e que o conhecimento científico “know-how” da Sonils deverá contribuir, não só para a indústria petrolífera angolana, mas também para outros países africanos.
Na ocasião, o ministro dos Transportes, Ricardo D´Abreu, reafirmou que o terminal logístico da Sonils é estratégico para a produção de petróleo e gás do país.
Por sua vez, o secretário de Estado para Petróleo e Gás, José Barroso, indicou que a Sonils tem respondido à altura dos desafios e das necessidades técnicas operacionais que os operadores demandam.
Conforme o dirigente, a experiência desta central de logística de apoio à indústria petrolífera pode ser replicada com sucesso na Namíbia.
Nesta perspectiva, o secretário de Estado disse que em 2022 a Sonangol, por Angola, e a Namcor Namport, pela Namíbia, assinaram um memorando de entendimento que visa estabelecer uma base logística, semelhante à Sonils na República da Namíbia.
Já a directora geral da Sonils, Ana Bela Marcos, reforçou que desde a sua criação, em 1995, que esta base tem se posicionado como a principal empresa de suporte logístico para a indústria do petróleo e gás em Angola.
Sobre a visita do Presidente da Namíbia a base da Sonils, a gestora disse que a mesma acontece no quadro de uma proposta de cooperação entre os dois países, uma vez que a Namíbia está numa posição emergente na descoberta do petróleo e Angola tem uma experiência de mais de 28 anos.
Angola e Namíbia cooperam nos sectores da Defesa e Segurança, Transportes, Energia e Água, Saúde, Petróleo, Turismo, Pescas, Agricultura, Finanças, Geologia e Minas, entre outros, quer a nível bilateral, quer no quadro da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Também está em vigor um Acordo Bilateral sobre a Circulação de Pessoas e Bens, assinado em 1992, que prevê, entre outros aspectos, a livre circulação de angolanos e namibianos num raio de 60 quilómetros ao longo da fronteira.
Os dois países estabeleceram relações diplomáticas a 18 de Setembro de 1990, contando com embaixadas nas respectivas capitais (Luanda e Windhoek) e de consulados. OPF/AC