Executivo destaca reformas no sector dos recursos minerais

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  • Luanda • Domingo, 05 Novembro de 2023 | 09h41
Mineiro britado (Foto ilustração)
Mineiro britado (Foto ilustração)
Manuel Zamba

Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, destaca que as reformas institucionais desenvolvidas no sector dos recursos minerais estão a gerar um aumento da confiança dos investidores, permitindo a entrada no país de grandes empresas mineiras do mundo.

A presença destas empresas no país visa desenvolver actividades de prospecção e exploração de recursos minerais.

Na sua Mensagem sobre o Estado da Nação, por ocasião da Sessão Solene de Abertura do Ano Parlamentar 2023-2024 da V Legislatura, sublinhou que a Anglo-American está a desenvolver a prospecção de cobre na província do Moxico e de níquel, cobre e cobalto, nas províncias do Cunene e Cuando Cubango.

Citou igualmente a Rio Tinto que está a desenvolver a prospecção de diamantes e cobre nas províncias da Lunda Sul e Moxico, respectivamente, e a De Beers está a realizar a prospecção de diamantes nas províncias da Lunda Sul e Lunda Norte.

Realçou também que a Pensana Metals está a desenvolver a prospecção e exploração de elementos de terras raras na província do Huambo, bem como a Minbos que está em fase de desenvolvimento mineiro para a exploração de fosfatos na província de Cabinda.

Frisou que em Abril deste ano foi concluído o projecto diamantífero Yetwene e ainda este ano será inaugurado o Projecto Luaxe, na província da Lunda Sul, que passará a ser o maior projecto diamantífero do país até à data.

O presidente diz que o país passará a ter capacidade para constituir uma reserva estratégica de combustíveis para abastecer o mercado nacional e criar a cadeia de exportação do excedente de produção.

Assegurou que entre 2024 e 2025 prevê-se igualmente aumentar a capacidade de armazenamento, com o projecto da Instalação de Combustíveis do Lucapa, na Lunda Norte, com a ampliação do Terminal Oceânico do Lobito, em Benguela, e com o Terminal Oceânico de Cabinda.

Prossegue a implementação de projectos, continuou, que visam a monetização do gás natural, com realce para o Novo Consórcio de Gás que irá promover a produção de gás não-associado e consequentemente aumentar a oferta deste recurso, garantir a geração de energia eléctrica, possibilitar a implementação de fábricas de fertilizantes e alimentar a futura siderurgia de aço que se pretende desenvolver na província do Namibe.

De acordo com o presidente, está prevista para 2024 a conclusão do projecto Sanha Lean Conection, o qual permitirá a produção, tratamento e fornecimento de cerca de 480 milhões de pés cúbicos de gás à planta do Angola LNG e para 2026 o projecto Quiluma e Maboqueiro, novo Consórcio do Gás, o qual prevê produzir, no seu pico, cerca de 364 milhões de pés cúbicos por dia.

Fez saber que está a nascer na província do Zaire, o Projecto Falcão 2, o qual aumentará o volume de gás natural fornecido à Central de Ciclo Combinado do Soyo, numa capacidade de 50 milhões de pés cúbicos por dia.

Por outro lado, fez saber que a indústria de lapidação de diamantes não só é já uma realidade, como continua a demonstrar capacidade de crescimento.

Com a recente inauguração de mais uma fábrica de lapidação, com capacidade para lapidar 5 mil quilates de diamante bruto por mês e proporcionando 120 postos de trabalho, o país passa a ter agora 7 fábricas de lapidação.

Reiterou que está em curso está a construção de mais 29 fábricas de lapidação de diamantes, sendo 25 no Pólo Diamantífero de Saurimo e 4 no Pólo Diamantífero do Dundo, estando assim a agregar valor ao mineral bruto e a garantir maior oferta de emprego, numa indústria de alta tecnologia.

Frisou que a exploração do potencial mineiro está também a chegar ao ouro, destacando-se o projecto de ouro do Lufu na província de Cabinda e o projecto de construção da Refinaria de Ouro, na província de Luanda, com capacidade para refinar inicialmente 10 kg de ouro bruto, por dia, e transformá-lo em barras, estando a sua conclusão prevista para 2025.

Em seu entender, a exploração de ferro-gusa já é uma realidade, com o arranque do projecto Minero-Siderúrgico do Cutato-Cuchi, na província do Cuando Cubango.

Disse estar em implementação no município da Jamba, na província da Huíla, o projecto Mineiro-Siderúrgico de Kassinga, que vai produzir cerca de 4,1 milhões de toneladas de concentrado de ferro para exportação e para alimentar a futura Siderurgia do Namibe, que vai produzir aço para a  indústria nacional e para exportação.

Já no Cuanza Norte, está em curso o projecto de minério de ferro de Kassala Kitungo.

Esperando-se concluir em 2024, o projecto de exploração de Cobre de Mavoio-Tetelo, abrangendo os municípios de Maquela do Zombo e Damba, na província do Uíge, e o município do Cuimba, na província do Zaire, visa a exploração de cobre e de minerais associados, nomeadamente cobalto, chumbo e zinco, com uma capacidade para produzir cerca de 4 mil toneladas de concentrado de cobre por dia.

“Estamos também dedicados à exploração de recursos minerais não-metálicos, nomeadamente fosfatos, potássio e calcário. São disso exemplos o projecto de exploração de rocha fosfatada de Cácata, na província de Cabinda, que visa explorar 50 mil toneladas por ano de fosfato na sua fase inicial, aumentando a partir do quinto ano para 300 mil toneladas por ano”, disse.

Ainda em Cabinda, realçou, está a ser implementado o projecto de produção de fertilizantes fosfatados, através da construção da fábrica de Subantando.

Segundo o Presidente, no município do Soyo, província do Zaire, está em curso o projecto de produção de amônia e ureia que vai produzir 1 milhão e 200 mil toneladas por ano de ureia granulada para impulsionar o desenvolvimento da actividade agrícola, contribuindo para a melhoria da segurança alimentar.HEM/AC

 



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