Luanda - Os preços de referência para as categorias da produção ou importação, distribuição e comercialização do JET A1 passam a vigorar a partir do primeiro dia de Janeiro de 2022, informa o Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo (IRDP), citado pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.
Numa nota, na página desse departamento ministerial, datada do dia 29 deste mês de Dezembro, o IRDP refere que a medida vem nos termos dos artigos 5.º e 7.º do Decreto Executivo Conjunto n.º 331/20, de 16 de Dezembro, combinado com o artigo 9.º do Decreto Presidencial n.º 206/11, de 29 de Julho.
Neste contesto, o preço de Referência do JET A1 Valor (Kz/Litro), fica classificado em: Preços de Referência do Ajustamento-PLATTS (PRA) 315,55; Preços Base na Costa/Ex-Refinaria (PBC) 345,64; Preços de Venda Ex-Logística e Distribuição (PVD) 390,30; e o Preço na Aeroinstalação (PVA - que inclui impostos e taxas) 455,93.
Recorda-se que no dia 20 de Dezembro de 2021, a Sonangol inaugurou o seu “Projecto Pipeline” (oleoduto) de Jet A1, que interliga as instalações de combustível da Boavista 5 ao Terminal de Carga do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em Luanda, descartando, assim, o abastecimentos de aeronaves por aero- cisternas.
A tubagem para o efeito tem cerca de 25 quilómetros de extensão, e permitirá que o referido combustível (Jet A1) passa a ser transferido com maior segurança e eficiência, de acordo com garantias da Sonangol. A referida linha de transportação de combustíveis já esteve em pressão experimental convencional.
Com esta nova iniciativa, a petrolífera angolana prevê registar poupanças financeiras, pela descontinuidade e consequentes desgastes das viaturas de aero-abastecimento, que percorrem distâncias do ponto de expedição ao local de entrega do produto. Com efeito, vai reduzir três milhões 261 mil dólares/ano, em custos operacionais.
O Jet A1 é um combustível específico para abastecer as aeronaves, constituindo-se num produto que a Sonangol afirma produzir com auto-suficiência, acudindo circunstancialmente uma pequena demanda regional.
O projecto de construção do Pipeline integra uma das consideradas “grandes realizações” da Unidade de Negócios de Distribuição e Comercialização (UNDC) dessa firma angolana, que se desafia também em ampliar e reactivar a fábrica de lubrificantes e a finalização do ramal ferroviário do Moxico.