Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, afirmou esta terça-feira que o Executivo continuará a trabalhar para consolidar a reestruturação da economia nacional e aumentar a produção, particularmente de bens alimentares.
O Estadista falava na abertura do ano Parlamentar, durante a mensagem sobre o Estado da nação.
Disse ser uma das maiores ambições consolidar as bases para que o país seja autossuficiente do ponto de vista alimentar, sobretudo em relação aos produtos de amplo consumo.
Acrescentou que o trabalho visa igualmente diminuir a dependência dos choques externos, estabilizar os preços dos principais produtos de consumo e, assim, assegurar a prosperidade de todos.
"Só produzindo mais conseguiremos ter produtos disponíveis para atender às necessidades do mercado e melhor abordar a questão dos preços. Enquanto tal não acontecer, continuaremos expostos aos riscos externos e a ter uma capacidade diminuta de controlar os preços", frisou, sublinhando que se está a trabalhar afincadamente para aumentar a produção e, consequentemente, diminuir as importações.
Segundo o Presidente, numa economia de mercado, o aumento da oferta de bens e serviços é determinante para se lutar contra a tendência da alta dos preços dos bens de consumo, sobretudo os da cesta básica.
Disse que embora permaneça uma pressão inflacionista na economia, vem sendo feito um conjunto de medidas e acções no sentido de reduzir o custo de vida que aflige os trabalhadores e os cidadãos no geral.
João Lourenço sublinhou que nos dois últimos trimestres do ano em curso, a economia nacional registou um crescimento de 4,3%, o que encoraja a seguir em frente com optimismo.
O presidente fez referência a elementos que introduziram impactos negativos relevantes que condicionam bastante a actividade económica no país e obrigaram a revisão do curso da acção do Executivo, adoptando medidas que começam agora a gerar resultados animadores.
Neste sentido, indicou, entre outros, os conflitos na Europa, Médio Oriente e no continente africano, que fazem a economia global continuar a experimentar momentos de acentuada incerteza, aliados a outros elementos endógenos como a ainda reduzida diversificação da economia, as condições financeiras restritivas e dos, ainda, remanescentes efeitos da Covid-19 sobre a economia. ASS/VC
