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João Lourenço advoga maior promoção da produção alimentar e agro-indústria

     Economia              
  • Luanda • Sábado, 11 Janeiro de 2025 | 10h52
Presidente da República, João Lourenço, na abertura da Cimeira Extraordinária da União Africana, em Kampala
Presidente da República, João Lourenço, na abertura da Cimeira Extraordinária da União Africana, em Kampala
Joaquina Bento - ANGOP

Kampala (Dos enviados especiais) - O Presidente da República, João Lourenço, defendeu este sábado, em Kampala, Uganda, maior atenção aos pilares estratégicos que consistem em promover a produção alimentar, a agro-indústria e o comércio durável no continente.

João Lourenço, que falava na abertura da Cimeira Extraordinária dos chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA) sobre o Programa Abrangente para o Desenvolvimento da Agricultura em África (CAADP), apelou aos Estados-membros para defender com determinação e convicção os seis pilares em que assenta o Plano de Acção que compõe o CAADP.

Sublinhou que os pilares constituem um roteiro que conduzirá, de certeza, a bons resultados, tendo em conta a necessidade de os adaptar aos contextos nacionais específicos.

Constam ainda do plano a necessidade de estimular o investimento e o financiamento da transformação, garantir a segurança alimentar e nutricional para todos, promover a inclusão e os meios de subsistência equitativo, construir sistemas agro-alimentares resilientes e reforçar a governação dos sistemas agro-alimentares.

Segundo o Chefe de Estado, este programa deve constituir a base de atracção dos investimentos para a agricultura, para a produção de adubos e fertilizantes, de vacinas, de tractores, alfaias agrícolas e de outros insumos, de forma a desenvolver-se uma agricultura que garanta a auto-suficiência e segurança alimentar.

“Os fertilizantes têm um peso considerável na produtividade agrícola, estando, por este facto, explicitamente plasmado na Declaração de Nairobi sobre Fertilizantes e Saúde do Solo e o respectivo Plano de Acção Decenal, requerendo de todos nós uma atenção muito especial, para melhorarmos o desempenho do sector agrícola africano”, frisou.

Acrescentou, ainda, a importância vital da mecanização agrícola, a aceleração da implementação de sistemas de produção e certificação de sementes nos países que ainda não os possuem, a melhoria das infra-estruturas rurais e o desenvolvimento de sistemas de irrigação, para que todos estes factores, no seu conjunto, concorram para a promoção de uma agricultura moderna, com altos níveis de produtividade, competitiva e com capacidade de exportação para mercados externos.

Durante a sua intervenção, na condição de primeiro-vice-presidente da Mesa da Assembleia da União Africana (UA), o estadista angolano sublinhou que as decisões a serem tomadas nesta cimeira definirão o futuro da agricultura em África e o seu papel na prosperidade económica, social e ambiental do continente.

Defendeu, no entanto, a necessidade de colocar a agricultura entre as mais importantes prioridades de cada uma das nações, “pois nela reside a base do desenvolvimento das nossas economias, da segurança alimentar e o caminho para o crescimento inclusivo”.

“Ao dar prioridade à agricultura, estamos a investir no nosso povo, a capacitar os nossos jovens e as nossas mulheres, a criar emprego e oportunidades para as gerações futuras”, afirmou, adiantando que, juntos, os Estados-membros podem tornar realidade a visão de uma África resiliente, próspera, com significativa redução da pobreza, fome, miséria e das doenças derivadas da subnutrição infantil.

João Lourenço destacou, por outro lado, a importância de promover-se iniciativas de defesa do ambiente e de restauração ecológica no continente, como é o caso dos projectos Muralha ou Cortina Verde, com o objectivo de mitigar o avanço da desertificação e regenerar os solos e nascentes degradados pela acção do homem e, em consequência disso, pelas alterações climáticas. HM/VC

 





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