Lobito – A direcção do Porto Comercial do Lobito, localizado na província de Benguela, pretende apostar, a partir dos próximos meses, em acções que promovam a cabotagem e o turismo, soube hoje a ANGOP.
Esta é uma das conclusões saídas do terceiro Conselho Consultivo daquela empresa portuária, realizado naquela cidade.
Constam ainda das conclusões, a necessidade de capacitação e treinamento contínuo do capital humano, a utilização da Janela Única Portuária por todos os colaboradores do Porto, inclusive o Caminho de Ferro de Benguela (CFB).
Na mesma senda, espera-se potenciar a empresa com infra-estruturas adequadas por tipologias de operação e com material para as concessões dos terminais.
Durante os trabalhos, foram discutidos temas como o desenvolvimento tecnológico e o futuro do Porto, Infra-estruturas e logística portuária em Angola, o Plano Director do Porto, Regulamento, fiscalização e inspecção portuária e A visão sobre a navegação marítima em Angola.
O Presidente do Conselho de Administração do Porto do Lobito, Celso Rosas, referiu que a província de Benguela representa, actualmente, o segundo maior centro económico e industrial do país, em que o processo de requalificação do caminho de ferro, de concessão do terminal portuário, associado às potencialidades do Porto, oferece um valor estratégico determinante para a integração económica regional e para o futuro de Angola.
“O Porto e o CFB estruturam provavelmente um dos maiores corredores de desenvolvimento e escoamento de mercadorias da região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), com ligações à República Democrática do Congo, Zâmbia e Tanzânia, de onde têm vindo alguns comboios turísticos”, afirmou o PCA.
Segundo ele, a concessão dos terminais em concurso, representa seguramente uma força motriz para o rejuvenescimento do Corredor do Lobito, que integra Angola, RDC e a Zâmbia, assegurando-se tornar num dos principais eixos de circulação de matérias-primas, mercadorias e passageiros, nestes territórios.
O Porto do Lobito foi construído em Março de 1903 e tem como principais infraestruturas, os terminais polivalente (carga geral e contentorizada), o mineraleiro e o Porto seco, todas elas modernizadas, de acordo com padrões internacionais.