Lobito – O Porto do Lobito movimentou, no ano passado, um milhão, 487 mil 607 toneladas de produtos diversos, transportadas em 401 navios, contra um milhão, 166 mil 353 transportadas por 355 barcos, em 2020.
O presidente do seu Conselho de Administração, Celso Rosas, ao revelar os dados à margem de uma cerimónia de cumprimentos de início do ano, adiantou que, em 2021, registou-se um aumento de 12,95 por cento em navios e 27,54 por cento em carga, comparativamente ao ano anterior.
“É um indicador positivo, em termos de produtividade, sendo que os serviços que mais geraram receitas foram a estiva simples, o tráfego e a utilização do porto, correspondendo a 28,32, 30 e 13,11 por cento, respectivamente”, frisou.
Em relação as receitas, o porto arrecadou, em 2021, Kz vinte mil milhões, 944 milhões, 965 mil 234, um aumento na ordem de 15,32 por cento, em função de mais navios e movimentação de carga.
“Um dos grandes desafios deste conselho de administração consiste em elevar a competitividade do porto, a fim de equiparar com os serviços de empresas concorrentes”, afirmou, salientando que houve uma forte aposta na formação e capacitação dos trabalhadores e na recuperação dos equipamentos e instalações da empresa.
Celso Rosas fez questão de referir-se a dívida que a empresa tem, que era de quinze mil milhões, 231 milhões, 868 mil 907 kwanzas, tendo sido amortizada em Kz mil milhão, 122 milhões, 480 mil 787, melhorando a relação com os seus parceiros.
A dívida dos clientes da empresa está avaliada em vinte e sete mil milhões, 106 milhões, 529 mil 359 kwanzas e tem um impacto significativo na liquidez, enfatizou, pelo que, revelou, será levado a cabo um processo sério de cobranças, incluindo o recurso às autoridades judiciais.
Celso Rosas discriminou algumas acções de impacto realizadas pela empresa, com destaque para conclusão do concurso público para a resolução da situação de energia da rede nos terminais, o lançamento do concurso internacional para concessão do terminal polivalente e a conclusão e aprovação do qualificador ocupacional, que mereceu homologação do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS).
Para os desafios de 2022, a administração da empresa tem em carteira, entre outros assuntos, a elaboração do plano de negócios, para os próximos trés anos, a implementação do manual de procedimentos, a melhoria do sistema de CCTV, no âmbito das acções de segurança portuária, e a reorganização da estrutura interna.
Das acções destacam-se também a dragagem nos terminais e sua sinalização vertical e horizontal, a elaboração de um “master plan" de segurança e ambiente, assim como assegurar a gestão e fiscalização das concessões portuárias.
No quadro da responsabilidade social, a empresa tem planos de construir uma cozinha e uma lavandaria comunitárias, para as crianças de rua da cidade do Lobito, assegurar a participação condigna da Casa do Pessoal do Porto do Lobito (CPPL) nos torneios desportivos, bem como promover acções de formação em diversas áreas e melhorar as unidades de negócios, nomeadamente a sua clínica, o seu campo agrícola e o seu pavilhão muitiuso, para os tornar rentáveis.
O Porto do Lobito conta neste momento com mil 562 trabalhadores, sendo mil 351 homens e 211 mulheres.
A empresa, localizada no Lobito, província de Benguela, conta com um terminal polivalente de contentores e de carga geral, com uma área total de 241 mil 540,94 metros quadrados, um cais acostável, de mil 199 metros lineares, com 14.7 metros de profundidade, e capacidade para movimentar mais de 600 mil toneladas de carga não contentorizada e 250 mil contentores por ano.
Entre as infra-estruturas mais importantes, estão também o terminal mineraleiro, com um cais acostável de 310 metros, terrapleno com 180 mil metros quadrados, um calado de 15,3 metros de profundidade e uma capacidade operacional de três milhões e 600 mil toneladas/ano.
Já o seu porto seco tem 90 mil metros quadrados e uma capacidade estática para albergar oito mil contentores.