Luanda – O Porto de Luanda apresentou, esta sexta-feira, ao Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) o novo plano de desenvolvimento que prevê a criação de mais um terminal e a construção de um estaleiro naval, visando um aumento de 800 mil para três milhões cargas contentorizadas, anualmente.
De acordo com o Plano Director para os próximos 20 anos, o modelo Porto Senhorio “LordLandPort” prevê a optimização e modernização dos terminais existentes, num investimento dos próprios operadores.
Este plano de desenvolvimento, para além da criação de mais um terminal, prevê igualmente, a construção de cais de cabotagem e de uma ponte cais para navios cruzeiros.
No quadro deste plano de desenvolvimento, já estão em curso a construção do terminal de passageiros, torre de controlo marítimo portuário das embarcações, um circuito de vídeo vigilância, a reabilitação do sistema de sinalização marítima, bem como a construção de uma subestação eléctrica para responder às projecções do plano.
Em entrevista à imprensa, à margem da visita do IGAPE, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Porto de Luanda, Alberto Bengue, avançou que o modelo de gestão “LordLandPort” representa o ordenamento do porto, onde não há praticamente fortes investimentos por parte do Estado.
“Neste modelo operacional de gestão e administração a posição de supervisor dos terminais e de serviços conexos centra-se na recolha das receitas fiscais das concessões”, esclareceu o gestor do Porto de Luanda.
Segundo o PCA, o Porto de Luanda conta com oito terminais de operação, nomeadamente o de carga geral, de contentores, granel líquido, cabotagem, polivalente, multiuso, passageiro e o terminal de apoio à actividade petrolífera, dos quais apenas cinco estão concessionados e três sob aproveitamento de empresas públicas.
Por sua vez, o Presidente do Conselho de Administração do IGAPE, Patrício Vilar, considerou que, do ponto de vista de exploração e projecções de desenvolvimento, o Porto de Luanda está a desenvolver um plano optimista.
“Gostamos do que nos foi apresentado, quer do ponto de vista da exploração e das perspectivas, concretamente da estratégia de desenvolvimento dos vários terminais, criação e a concepção de novos terminais, factores importantes para uma economia, onde os portos são a porta de entrada e saída de um volume de mercadorias significativas para o país”, argumentou o gestor dos activos do Estado.
Todavia, Patrício Vilar recomendou ao Porto de Luanda maior responsabilidade empresarial e comercial.
“ O Porto de Luanda está a desenvolver e a cumprir um plano rigoroso de prestações de contas e dos pagamentos dos passivos, um bom exemplo a seguir”, asseverou. OPF/AC