Uíge aflige-se com preços da cesta básica

     Economia           
  • Uige     Segunda, 12 Abril De 2021    21h00  

            Uíge – Os citadinos do Uíge estão a viver  actualmente constrangimentos causados pelos altos preços dos produtos da Cesta Básica, pelo que clamam pela redução dos mesmos, o mais rápido possível.

Recentemente, a Comissão Económica do Conselho de Ministros aprovou, durante a terceira reunião ordinária, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço, um memorando sobre a estabilização de preços dos bens alimentares e aumento da oferta, para a redução de preços da Cesta Básica.

Numa ronda feita pela Angop, hoje, na cidade do Uíge, constatou-se que o saco de fuba de milho de 50 kg, há três meses comercializado a Kz 19.500, actualmente custa Kz 28 mil; a massa alimentar comercializada a Kz 4.800, antes era Kz 3.500, enquanto a caixa de óleo vegetal, que custa Kz 14 mil, antes era vendido a 11 mil e 100 Kwanzas.

Em relação aos preços dos frescos, a mala de peixe sardinha está a ser comercializada entre 9.500 e 11.500 Kwanzas, quando há três meses variava entre Kz 6.000 a 9.000 Kwanzas; a caixa de galinha rija, antes comercializada a Kz 12 mil, actualmente custa Kz 15.000, entre outros aumentos registados nos produtos da cesta básica.

Os vendedores grossistas justificam a subida de preços destes produtos, devido à escassez no mercado local, influenciado pelas dificuldades na sua aquisição em Luanda, Cabinda e Namibe. Associado a essas dificuldades, apontam o pagamento de imposto, custos de transportação dos produtos, energia, pagamento de espaços de venda, entre outros gastos.

Em relação ao pagamento com a transportação dos produtos provenientes de Luanda, Namibe e Cabinda, o grossista Neves da Silva João disse pagar 600 a 700 mil Kwanzas mensais pelo espaço onde vende os produtos. Enquanto isso, paga AKz 23.000/mês pelo consumo de energia, utilizada nas câmaras frigoríficas.

Em função destes custos elevados, mesmo com os constantes aumentos de preços, tem se registado abandono de vários grossistas, situação que aumenta ainda mais a procura destes produtos. E como consequência dessa alta de preços, muitas famílias deixaram de consumir vários produtos da cesta básica.

A título de exemplo, Jenina Vaz disse à ANGOP que deixou de consumir vários tipos de peixes (carapau, banana, Marionga e Corvina), desde do princípio do ano, restando-lhe apenas a lambula, que compra nos "arranjados" moldes de sócia” com as suas vizinhas.





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