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Pólo Industrial da Caála aposta na busca novos investimentos

     Economia              
  • Huambo • Terça, 18 Abril de 2023 | 12h13
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Máquina de corte de Colchões no polo industrial da Caála no Huambo
Máquina de corte de Colchões no polo industrial da Caála no Huambo
Pedro Parente
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Fábrica (Foto ilustração)
Fábrica (Foto ilustração)
Pedro Parente

Caála – O aumento da carteira de investimentos, através da procura e atracção de novas fontes de financiamento, constitui uma das principais metas do Pólo de Desenvolvimento Industrial da Caála (Huambo) tido como o terceiro maior do país.

O Pólo, implementado em 2015, tem uma área de, aproximadamente, mil e 82 hectares (1 ha corresponde a 10 mil metros quadrados), dos quais já foram preparados 583 ha, sendo 100 para lotes industriais e 10,5 para lotes de serviços e comércio.

Conta, actualmente, com quatro fábricas, designadamente de carteiras, colchão e de mobiliário de lar e hospitalar, com um total de 129 postos de trabalho activos, sendo 122 nacionais e sete expatriados.

Segundo a coordenadora do Pólo, Angelina Cochi, em declarações, esta segunda-feira, à ANGOP, para além das quatro fábricas em pleno funcionamento, o espaço poderá contar, nos próximos tempos, com outras cinco em fase de conclusão, como resultado da melhoria do ambiente de negócios e do investimento privado.

Disse tratar-se de duas fábricas de transformação de trigo e produção de massa alimentar, de óleo vegetal, de cimento cola e tinta e outra de montagem de moagens.

A responsável informou que, apesar deste investimento, o Pólo regista a paralisação, nos últimos seis anos, das obras de quatro outras fábricas de produção de detergentes, de papel higiénico e de betão.

Angelina Cochi disse que a instalação de fábricas no Pólo de Desenvolvimento Industrial da Caála regrediu, significativamente, 2020, por força da pandemia da Covid-19.

“Desde 2020 que os investidores reclamam da falta de financiamento, para a dinamização do Pólo, actualmente, muito aquém das expectativas, do ponto de vista de evolução, daí a aposta na busca e atracção de novas fontes de investimento”, disse.

Explicou que a inexistência de infra-estruturas de apoio constitui, igualmente, outro entrave para a instalação acelerada unidades fabris diversas, com foco na promoção do crescimento socioeconómico.

 A responsável disse que o Pólo carece, acima de tudo, de energia eléctrica, sistemas de distribuição de água potável, esgotos e arruamentos, para uma maior atracções de investigadores nacionais e estrangeiros.

Invasão do espaço  

Angelino Cochi alertou que o franco investimento que se regista, actualmente, tem motivado a população circunvizinha a invadir o espaço, com a realização de actividades agrícolas.

Sem precisar área invadida, a responsável disse que, até ao momento, foram contabilizadas seis lavras acima de um hectare/cada, no interior do espaço reservado para o Pólo de Desenvolvimento Industrial da Caála.

Face a esta situação, disse que a coordenação do Pólo tem trabalho com a Administração municipal da Caála na sensibilização da população, para evitar a ocupação do espaço, que tem como foco a revitalização da industrial na província do Huambo.

O Pólo de Desenvolvimento Industrial da Caála é, a par do Aproveitamento Hidroeléctrico do Gove, a “coqueluche” deste município, localizado a 23 quilómetros a Oeste da cidade do Huambo.

A localização do Pólo, situado em área adjacente à via dos Caminhos-de-Ferro de Benguela, é uma mais-valia, para os investidores, na medida em que permite o transporte de matérias-primas e outros bens do Porto do Lobito para a província do Huambo em pouco tempo e sem constrangimentos.

O Pólo integra o primeiro grupo das prioridades de intervenção no domínio das infra-estruturas de localização industrial do Plano de Desenvolvimento Industrial de Angola, para o horizonte 2021-2025. LT/ALH





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