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Polícia trava saída de mais de 38 mil litros de combustível

     Economia              
  • Cunene • Terça, 09 Janeiro de 2024 | 18h20
Contrabando de combustível (ilustração)
Contrabando de combustível (ilustração)
José Cachiva - ANGOP

Ondjiva – Trinta e oito mil e 325 litros de combustível, destinados à comercialização ilegal, na vizinha Namíbia, foram apreendidos, durante o ano de 2023, pelos órgãos de defesa e segurança da província do Cunene.

Dados do relatório de balanço de fim de ano da delegação do Ministério do Interior a que ANGOP teve acesso, esta terça-feira, indicam que do combustível apreendido 30 mil e dois litros são de gasolina e oito mil de gasóleo.

Grande parte do combustível que vai parar no contrabando é adquirido em bombas localizadas nas províncias do Cunene e da Huíla, para ser vendido no território namibiano, por cidadãos nacionais e estrangeiros que o acondicionam em bidões de 25, 30 e 200 litros e outros em depósito de viaturas adaptadas. 

Segundo a Polícia Nacional (PN) no Cunene, o fenómeno deriva do baixo preço praticado por Angola em relação ao da vizinha Namíbia, onde os protagonistas utilizam caminhos não autorizados, fruto da extensão da fronteira comum.

Para travar e combater tais práticas, o delegado  do Interior e comandante da PN no Cunene, comissário António Ribeiro, assegurou o reforço dos mecanismos de combate ao contrabando de combustível ao longo da fronteira.

Admitiu que o processo está a ganhar contornos elevados na província, facto que exige das forças operativas o redobrar das acções que visam o combate deste mal, que vem prejudicando os esforços da boa governação no país.

António Ribeiro disse ser fundamental o incremento da estratégia para o combate da venda de combustível, sublinhando a necessidade da cooperação da população na denúncia destas práticas.

Esclareceu que, nos últimos tempos, os automobilistas optaram por alterar os depósitos das viaturas de modo a transportarem o maior volume do produto, o que obrigou o Governo a tomar medidas contra os carros com matrículas namibianas a abastecer nos pontos seleccionados.

As medidas passam por confinar tais viaturas a abastecer nos postos de Santa Clara, enquanto as pesadas de mercadoria abastecem nas bombas do bairro Naipalala (Ondjiva) e Xangongo (Ombadja).

A província do Cunene partilha 460 quilómetros de fronteira com a Namíbia, dos quais 340 terrestres e 120 fluviais.FI/LHE/AC

 

 





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