Polacos procuram investidores angolanos para estabelecer parcerias

     Economia           
  • Luanda     Quinta, 24 Junho De 2021    13h42  
Tractores (foto ilustracção)
Tractores (foto ilustracção)
José Cachiva

Luanda - Empresas polacas produtoras e exportadoras de maquinaria agrícola diversa estão interessadas em estabelecer parcerias com investidores nacionais para a expansão dos seus produtos no mercado angolano e desenvolver a agricultura.

As companhias polacas, em webinar promovido pelas agências de apoio ao investimento dos dois países, Aipex (Angola) e PAIH(Polónia), mostraram as suas capacidades de produção nos mais diversos  equipamentos agrícolas, com marcas bem conhecidas no mercado mundial, com destaque na Europa.

A empresa Akpil, uma das que quer parcerias com investidores angolanos, no seu portfólio tem máquinas processadores de batata, semeadoras  de cereais, alfaias de alto padrão, irrigadores, cultivadores, mesa de plantação, pulverizadores, entre outras para campos agrícolas de pequena e grande dimensões.

A Farmtrac Tractors – Europe e a Agro-Masz são entre outras companhias do ramo de industrialização de máquinas polacas que desejam chegar no mercado angolano.

O webinar, com o tema " Negócios Polónia-Angola- Oportunidades de Negócios e Comércio Agrícola no sector de Tecnologia", juntou empresas dos dois países que, após o evento, tiveram a oportunidade de começar a estabelecer contactos de interesse, com o suporte das suas agências de promoção de investimento.
 

O evento foi testemunhado pelos embaixadores de Angola na Polónia, Feliciano dos Santos, e da Polónia em Angola, Piotr Mysliwiec.

Na ocasião, o embaixador de Angola na Polónia, augura que além da exportação das máquinas, os investidores naquele país pensem em montar as indústrias no país, para contribuírem no aumento da empregabilidade e no crescimento económico.

Já o diplomata polaco Piotr Mysliwiec quer que as exportações de Angola sejam além do petróleo e rochas ornamentais.

Admitiu que as relações económicas entre os dois países não são intensas, referindo que dos produtos angolanos que chegam à Europa, à Polónia recebe  apenas 6%.

" Temos muito ainda por fazer e é este o objectivo da nossa presença. A Polónia precisa de Angola e Angola precisa da Polónia", sublinhou.

A representante da Agência de Investimentos e Comércio da Polónia (PAIH), Adriana Szafuga,  reiterou dar o suporte necessário para que as empresas dos dois países possam tornar as intervenções em realidade, sublinhando a capacidade da mesma na  captação de financiamentos.

Lello Francisco, representante da Aipex (Agência de  Investimentos Privado e Promoção das Exportações de Angola), apresentou as mais diversas oportunidades de investimento no sector agrícola no país, bem como os incentivos fiscais em vigor.

Segundo o técnico sénior da Aipex, existem oportunidades em termos de necessidades de equipamentos para semeadura, plantio e colheita,  bem como  tecnologias de produção pecuária, soluções de armazenamento e cadeia de frio.

Angola carece ainda de equipamentos de processamento de alimentos,  de suprimentos veterinários,  de confecção de fertilizantes naturais e variedades de compostagem, serviços de treinamento e gerenciamento de tecnologia.

Com uma população estimada em cerca de 30 milhões de habitantes, Angola é um país potencialmente agrícola, mas os praticantes deste ramo, na sua maioria fazem uso de meios rudimentares.





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