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Combate à pobreza consome 1,3 mil milhões de kwanzas no Cunene

     Economia              
  • Cunene • Quinta, 15 Dezembro de 2022 | 17h33
Sistema de abastecimento de água potável construído no âmbito do programa de combate à pobreza (Foto ilustração)
Sistema de abastecimento de água potável construído no âmbito do programa de combate à pobreza (Foto ilustração)
Kinda Kyungu

Ondjiva - O Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza (PIDLCP) já gastou, de Janeiro a Outubro deste ano, 1,3 mil milhões de kwanzas em projectos comunitários, na província do Cunene, representando uma execução financeira de 81 por cento do valor global.

Para a execução orçamental e financeira global do Programa (PIDLCP), o Governo disponibilizou 1,6 mil milhões de kwanzas e faltam ser executados 326,4 milhões de kwanzas.

Em declarações à ANGOP, esta quinta-feira, o delegado das Finanças no Cunene, Gika Morais, explicou que o valor cabimentado corresponde aos meses de Janeiro a Outubro do ano em curso e estão previstos no Orçamento Geral do Estado (OGE 2022).

Esclareceu que cada administração municipal recebia um valor mensal fixo de 28 milhões de kwanzas para a execução do programa (PIDLCP) e mais um adicional de três milhões para a merenda escolar.

Relativamente ao orçamento participativo, disse que foram cabimentados 150 milhões de kwanzas para os seis municípios e destes apenas 87,2 milhões foram executados.

Realçou que o grau de execução financeira do orçamento participativo atingiu apenas 42 por cento.

Informou que apenas o município de Cuanhama e Cahama o orçamento particpativo está em execução a 100 por cento, enquanto o Namacunde encontra-se com o valor total por executar.

Para os municípios de Ombadja, Cuvelai e Curoca, realçou que a execução orçamental  é satisfatória, esperando que até ao dia 22 de Dezembro os  valores em falta possam ser disponibilizados.

Face às diversas situações, salientou que o sector programou para o mês de Janeiro acção de formação e de capacitação dos técnicos dos órgãos da administração local do Estado para a sua adaptação aos mecanismos de execução.

“ Temos estado a observar com preocupação a má classificação nas despesas públicas e pretendemos capacitar os órgãos das administrações locais, no sentido de melhorarem o quadro de desempenho orçamental a nível da província", referiu.

Disse que a intenção é auxiliar os municípios à executar este valor, realçando que apesar do orçamento participativo estar parcelado às administrações municipais, existe um comité de gestão encarregue na materialização dos projectos em benefício das comunidades.

O Programa de Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza, aprovado em 2018, através do Decreto Presidencial n.º 140/18 de 6 de Junho, suporta seis eixos de intervenção.

Constitui acções do PIDLCP, o “fomento da agricultura, pecuária e pesca”, “construção e reabilitação de infra-estrutura”, “promoção do género e empoderamento da mulher”, “apoio à cidadania, cuidados primários de saúde” e “merenda escolar”.

Para o exercício económico de 2021, foi alocado para o  PIDLCP uma verba global de 1,8 mil milhões para as seis administrações municipais.

Enquanto para o orçamento participativo foi  cabimentado 50 milhões de kwanzas para os municípios do Curoca e Cahama, eleitos  para  fase piloto.

 Com a operacionalização do programa de combate à pobreza, o Executivo angolano pretende introduzir eficácia, eficiência e efectividade na redução dos índices de pobreza extrema quer na zona rural e urbana.

 

 

 





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