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PIB aumenta 2,2% com "pouca" influência do sector petrolífero

     Economia              
  • Luanda • Sábado, 02 Abril de 2022 | 19h00
Indústria é uma das áreas  que conta com investimentos privados por via da AIPEX
Indústria é uma das áreas que conta com investimentos privados por via da AIPEX
Kinda Kyungu

Luanda - O Produto Interno Bruto (PIB) angolano cresceu 2,2%, no IV trimestre de 2021, face ao período homólogo, influenciado pelo crescimento do sector não petrolífero com 4,1% e da tendência de estabilização da produção petrolífera.

De acordo com relatório sobre as Contas Nacionais apresentado, neste sábado, pelo  ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano, em conferência de imprensa, em comparação ao  III trimestre do mesmo ano, 2021, registou-se um crescimento de 1,6% do PIB.

Para o governante, estes resultados levam a confirmação estatística sobre o crescimento da economia em 0,7%, em 2021, depois de cinco anos consecutivos de recessão económica.

“Este é o momento  de inversão  da trajectória  recessiva da actividade  económica que devemos assinalar”, sublinhou.

Dos resultados apresentados face ao período homólogo, os sectores da agricultura cresceu 3,4%, as pescas em 37,7%, a indústria 3,2%, a construção 5,3%, o comércio 2,4% e os transportes 39% .

De acordo com os dados apresentados, com base  na  publicação dos números do  Instituto Nacional de Estatística  (INE), o sector  petrolífero  registou  uma menor contração nos níveis de produção na ordem dos 2,8% em comparação com o período homólogo, demonstrando uma fase de  estabilização em termos de desempenho.

Os níveis de produção registados nos meses de Janeiro e Fevereiro  de 2022, representaram um crescimento de 4,9% e 1,8%, respectivamente,  em termos homólogos.

No sector não petrolífero aparece a agricultura  com tendência de recuperação, que se “arrasta” desde o primeiro trimestre de 2019.

Durante o período em análise observou-se, de acordo com os dados apresentados, uma taxa de crescimento de homóloga de 3, 4%, impulsionado pelos níveis de produção de arroz (133%), do milho (13,9%), massango (36%), entre outros.

Os resultados do sector foi, de igual modo, influenciado pela actividade pecuária, que registou um aumento em 52% de produção de frangos, carnes bovina em 40% e caprina em 62%.

Já o subsector das pescas, inserido no sector da Agricultura, registou uma expansão  de 37,7% face ao mesmo período de 2020, devido ao aumento da actividade das pescas semi-industrial e artesanal marítima, em 44% e 21%, respectivamente.

Entre os resultados positivos, se destaca ainda o alcançado pela Indústria, que teve um crescimento de 3,2%  face ao período homólogo, devido ao  aumento da produção de farinha de milho (5,7%), açúcar (7%), cervejas (2%), entre outros bens.

Executivo  mantém medidas

O ministro da Economia e Planeamento disse  que o Governo vai continuar a implementar medidas que capitalizem os ganhos registados a nível das contas fiscais, para fazer face  aos elevados riscos que possam advir do contexto internacional devido à situação da pandemia e geopolítica actual.

As medidas, segundo o ministro, vão propiciar  um clima que permita acelerar o desempenho do sector real da economia medido pela taxa de crescimento do PIB, augurando que possa influenciar a redução da inflação e a criação de empregos.

Para 2022, espera-se  um melhor desempenho da actividade económico, com 2,4% de previsão de crescimento do PIB, com o sector não petrolífero a  voltar a influenciar positivamente.

Entre os desafios consta a redução do nível geral dos preços, da taxa de desemprego, que poderão ser resolvido com a aceleração da implementação das iniciativas do Programa de Apoio a Produção, Diversificação das Exportações em Substituição das importações (Prodesi), a Reserva Alimentar de Angola ( REA) e a dinamização dos programas sociais que conduzem a diminuição da pobreza.

 

 



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