Humpata - O município da Humpata, na província da Huíla voltou a registar, esta semana, um novo caso da peste suína africana, tratando-se da segunda fazenda, numa altura em que a circunscrição ainda vivencia a cerca sanitária decretada em Fevereiro último, após início da doença.
Com este caso eleva-se para duas, as propriedades afectadas no município que se destaca na criação de suínos, num intervalo de cinco anos, sendo que o 1º deu-se em Abril e Maio de 2019, tendo na altura sido dizimados mais de mil e 200 animais, na sua maior parte de empreendedores que receberam financiamento.
Na 1ª quinzena de Fevereiro, em uma única fazenda, em cinco dias, perdeu 562 porcos e desta vez, em três dias, na segunda propriedade atingida morreram 92 dos 700 animais, segundo a directora municipal da Agricultura, Pecuária e Pescas da Humpata, Flora Fernandes.
Em declarações hoje, quarta-feira, à ANGOP, na Humpata, Flora Fernandes realçou que a situação é “preocupante”, pois depois de um mês e meio, voltou a registar-se novas mortes.
Destacou que tão logo tiveram conhecimento da situação, técnicos do Serviço de Veterinária do município, deslocaram-se ao local e constataram o facto, pois dos 700 porcos que a fazenda possuía desde reprodutores, engorda e leitões, 50 morreram, o que despertou a atenção dos responsáveis da fazenda.
Referiu que após testes da veterinária, outros 42 foram abatidos e os restantes que estão de saúde, por precaução estão a ser abatidos e a sua carne conservada.
Todavia, a responsável sinalizou que a situação “está controlada”, pois a cerca sanitária continua e das visitas efectuadas noutras propriedades, não se observaram anomalias.
A Peste suína africana (PSA) é uma doença altamente contagiosa, causada por um vírus composto por DNA fita dupla, pertencente à família Asfarviridae. A doença não acomete ao homem, sendo exclusiva de suínos domésticos e selvagens, sendo a segunda vez que afecta o município, em menos de quatro anos. BP/MS