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Pescaria de polvo entra em funcionamento na Caota

     Economia              
  • Benguela • Domingo, 18 Junho de 2023 | 09h02
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Pescaria Mormolo, especializada na captura de polvo
Pescaria Mormolo, especializada na captura de polvo
Carlos Benedito
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Accionista da Pescaria Mormolo, Miguel Seabra
Accionista da Pescaria Mormolo, Miguel Seabra
Carlos Benedito

Benguela - Uma pescaria especializada na captura de polvo, denominada Mormolo, com capacidade de 100 toneladas por mês, entrou em funcionamento este fim-de-semana, na zona da Caota, em Benguela.

Inaugurada recentemente pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, a unidade resulta de um investimento de treze milhões de euros.

Segundo Miguel Seabra, um dos accionistas, quarenta por cento do investimento foi garantido por capital próprio e o restante pela banca.

"Esta é uma fábrica de processamento das mais modernas a nível do país e de África, com padrões de exigência europeus", afirmou o responsável.

Miguel Seabra disse ainda que é a primeira fábrica no país certificada para exploração do polvo pela União Europeia.

O responsável informou que na última sexta-feira aconteceu a primeira exportação, de trinta toneladas de polvo, para um cliente em Portugal.

O empresário acrescentou, por outro lado, que a direcção da pescaria já começou a atender o mercado nacional, quer no segmento da restauração quer na distribuição para as grandes superfícies comerciais.

"Temos uma embarcação que também é fábrica. Sai para uma maré de vinte dias, com dois turnos, e além da captura processa, congela e embala", explicou.

A propósito, a ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Carmen do Sacramento Neto, afirmou que o Executivo está a acompanhar a pesca do polvo, não esquecendo a biologia e a estrutura do que existe no mar.

"Angola não consome muito polvo. Esta primeira experiência indica que se pode pegar nalgumas espécies para exportação, mas é necessário garantir que fica alguma quantidade para o país", recomendou.

Em relação à pescaria Mormolo, mostrou-se regozijada, alegando que vai contribuir no apoio à economia, trazendo divisas para o país, uma vez que tem a qualificação necessária para fazer a exportação com qualidade.

Entretanto, alguns pescadores continuam a pescar o carapau que se encontra em período de veda, violando a lei neste quesito.

Sobre este assunto, a ministra respondeu que neste período dá-se um prolongamento para captura de dez a quinze por cento, mas os prevaricadores aproveitam, alegando que a quantidade subtraída corresponde ao valor estipulado.

Assegurou que estes, quando são surpreendidos pelos fiscais, são multados e o produto é confiscado.

Prometeu trabalhar para o registo de alterações na actual lei, no sentido de ser mais dura nas penalizações para desencorajar os prevaricadores e pediu a denúncia, por parte da população.TC/CRB 

 

 


 





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