Luanda - A pesca industrial registou o maior volume de produção real do sector no período de 2018 a 2021, com 897.360 toneladas, representando 50,7%.
Segundo o “Anuário Estatístico das Pescas 2021”, publicado recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), segue-se a pesca artesanal marítima com 616.440 toneladas (34,8%).
O documento, a que ANGOP teve acesso esta segunda-feira, refere que a pesca semi-industrial assinalou 168.553 toneladas (9,5%), ao passo que a pesca artesanal continental regista 79.745, o que corresponde a 4,5% entre as áreas mais produtivas.
Na vertente da produção real do sector, no período em análise, atingiu-se um total de 1.770.643 toneladas, com a maior produção no ano de 2021, fixada em 596.060 toneladas.
O anuário descreve o quadro do sector, cujos dados estatísticos incidem sobre a produção, população da pesca, capturas e descargas de pescado, aquicultura, indústria salineira, indústria transformadora dos produtos da pesca, comércio internacional, avaliação de stocks e níveis de produção.
Quanto à área aquícola, nas diferentes províncias, registou-se um total de 8.545 toneladas, com realce para a tilápia (cacusso) com 98,9% e o bagre, com 0,9%, tendo sido o Uíge e Luanda as mais produtivas com 6. 644 toneladas, representando 77,8%.
Por outro lado, o documento adianta que nos anos de 2018, 2019, 2020 e 2021 foram produzidas 578.997 toneladas de sal, distribuídas em cinco províncias do país, com destaque para o último dos quatro anos (2021), que teve 201.693 toneladas, correspondente a 34,8%.
O maior índice verificou-se na província de Benguela com 510.616 toneladas da produção total.
Já a indústria transformadora da pesca apresentou uma produção conjunta, sendo o peixe seco com a mais alta (111.526 toneladas) e uma variação de 34,6%.
O relatório esclarece que, no processo produtivo, uma tonelada de peixe seco corresponde a 1,5 toneladas de peixe fresco.
Avaliação dos stocks e níveis de produção por espécie
Neste capítulo, apresentam-se dados relativos ao programa de monitorização de abundância dos recursos pesqueiros, a biomassa dos principais recursos demersais e pelágicos, o total admissível de captura e grupos de recursos relativamente ao programa de monitorização.
De acordo com o anuário, a situação quanto ao Total Administrativo de Capturas (TAC) manteve-se em 319.232 toneladas para os anos 2018 e 2019, enquanto para 2020 e 2021 foram autorizadas capturas de 318.436 e 380.046 toneladas, respectivamente.
O TAC de 2021 é superior ao dos três anos anteriores, tendo o grupo das espécies demersais e pelágicas aumentado para 73.086 e 298.370 toneladas, respectivamente, representando 11,6% e 20,1%.
Benguela com (16,7%), Luanda (17,3%) e Moxico (21,9%) concentram mais de metade dos trabalhadores na pesca artesanal marítima e continental, em ambos sexos. HM/VC