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Pesca ilegal causa prejuízo de USD 23,5 mil milhões/ano na SADC

     Economia              
  • Luanda • Quarta, 28 Fevereiro de 2024 | 18h07
Embarcações de pesca  (Arquivo)
Embarcações de pesca (Arquivo)
Rosário dos Santos - Angop

Luanda – Os Estados membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), incluindo Angola, perdem cerca de 23,5 mil milhões de dólares americanos (1 Dólar vale 828 kwanzas) por ano, devido à prática de pesca ilegal, não declarada e sem regulamentação.

Segundo o Centro Regional de Coordenação de Monitorização, Controlo e Fiscalização da Pesca da SADC, apesar do apuramento desses valores, os reais prejuízos económicos da pesca desses ainda são difíceis de estimar.

Diante desse cenário, Angola, através do Ministério das Pescas e Recursos Marinhos, está atenta e envolvida no esforço de combate a este mal, com uso de novas tecnologias do Centro de Monitorização da Região Austral.

Nesse domínio, no dia 20 deste mês, Angola, em parceria com a Embaixada dos Estados Unidos de América, acolheu a reunião inicial do projecto SADC Atlântico, que visou melhorar a qualidade da visualização dos infractores.

Na ocasião, a ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Carmen dos Santos, reafirmou o compromisso do Executivo angolano manter a gestão sustentável dos oceanos, reforçando o combate da pesca ilegal.

De acordo com a governante, com uso de novas tecnologias do Centro Regional, será possível perceber concretamente onde a infracção está a ser cometida, em tempo real.

Enquanto isso, o Centro Regional refere que os operadores ilegais são movidos pelo dinheiro, sendo os principais pontos de concentração das suas operações os oceanos Índico e Atlântico, que fazem fronteira com a África Austral.

Considera, igualmente, os efeitos da pesca ilegal como graves, particularmente para os Estados costeiros que enfrentam diversos desafios em matéria de desenvolvimento, para além de acelerar a exploração excessiva dos recursos pesqueiros naturais.

Adicionalmente, a actividade pesqueira ilegal em grande escala é, muitas vezes, sistemática, organizada e transaccional, estando associada a outras acções criminosas, como a evasão fiscal, branqueamento de capitais, tráfico de droga, de seres humanos, entre outros crimes.

Para estancar essa prática, a instituição da SADC apela a necessidade de uma acção imediata para proteger a saúde dos oceanos, a biodiversidade e os recursos haliêuticos, bem como garantir que as pescas continuem a fornecer alimentos e nutrição, meios de subsistência e benefícios financeiros aos cidadãos da região. ML/QCB





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