Malanje- Quatrocentos e 41 mil dólares estão a ser disponibilizados, desde Novembro deste ano, aos primeiros cinco pequenos e médios produtores da província de Malanje, no âmbito do Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial, para o reforço da produção.
A informação foi prestada quinta-feira pelo coordenador provincial do Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial (PDAC), Pedro Canga, realçando que o valor corresponde a 50 por cento do financiamento total.
Disse que a finalidade é melhorar a cadeia de valor do milho, feijão, soja, café, ovos e frangos, bem como a aquisição de máquinas para os municípios de Cacuso e Malanje.
Precisou que existem nove outros projectos que aguardam por aprovação e financiamento, nos referidos municípios, que são, nesta fase inicial, as áreas de intervenção do Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Familiar.
Pedro Canga realçou que o PDAC tem também outra componente voltada para a redução do impacto da Covid-19 nos projectos agrícolas, através da qual foram financiados, em 2020, três pequenos produtores com um valor de 58 milhões de kwanzas.
O valor em causa serviu essencialmente para a aquisição de imputes agrícolas, o pagamento de salários dos trabalhadores e a preparação da terra.
Entretanto, lamentou o fraco nível de adesão de produtores agrícolas dos municípios de Malanje e Cacuso ao PDAC, frisando que, por esse motivo, está-se a estudar a possibilidade de se estender o projecto aos municípios de Kiwaba Nzoji, Calandula, Mucari e Quela.
Aprovado em 2018 pelo Banco Mundial, com o objectivo de aumentar a produtividade e melhorar o agro-negócio, o PDAC conta com um financiamento global de 230 milhões de dólares, 130 milhões dos quais co-financiados pelo BM e 100 milhões pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).
O Projecto vai abranger 10 províncias do país até 2024, mas, numa primeira fase, estão apenas seleccionadas Malanje, Cuanza Norte e Cuanza Sul, tendo em conta o historial das mesmas no domínio da agricultura comercial.
O PDAC prevê apenas o financiamento de 50 por cento dos projectos aprovados e os restantes 40 por cento são desembolsados pela banca com 10% pelo proponente.
