Diamantes do Lulo continuam a atrair compradores mundiais

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  • Lunda Norte • Quinta, 22 Agosto de 2024 | 12h58
Diamante Lulo
Diamante Lulo
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Capenda-Camulemba - Os diamantes extraídos da mina do Lulo, sobretudo os raros ou especiais, garantem boas receitas, apesar da queda do preço de comercialização para menos de 57 por cento.

De acordo com o presidente do Conselho de Gerência (PCG) da Sociedade Mineira do Lulo, Domingos Machado, os diamantes dessa jazida continuam "bastante apetecíveis” e a atrair compradores de diferentes mercados mundiais.

Em declarações à imprensa, esta quinta-feira, durante uma visita da governadora da Lunda-Norte, Filomena Miza, à referida mina, o gestor disse que o preço médio de venda do diamante da mina no mercado internacional, em leilão, é de mil e 850 dólares por quilate.

Sem revelar os níveis de facturação do primeiro semestre deste ano, o responsável frisou que os níveis de produção mensal estiveram abaixo de dois mil e 500 quilates contra os três mil perspectivados.

Explicou que a queda da produção deveu-se ao facto de a empresa operar, neste período, com apenas 40 a 45 por cento da sua capacidade, por causa dos constrangimentos registados durante as chuvas, que inundaram a maior parte dos blocos.

"Pensamos que até Outubro ou Novembro conseguiremos recuperar os níveis de produção que estavam previstos”, disse Domingos Machado. 

A mina do Lulo, localizada no município de Capenda-Camulemba, província da Lunda-Norte, tem revelado um elevado potencial de qualidade e quantidade, tendo conseguido logo no primeiro ano de exploração o valor mais elevado, por quilate, no mundo inteiro, na ordem dos 2.985 dólares.

Desde o início das operações da mina, em 2010, já foram extraídos 45 diamantes com mais de 100 quilates, cinco dos quais este ano. 

A Lulo é igualmente a mina onde foi extraído o maior diamante até agora encontrado em Angola, com 404,2 quilates, vendido em Maio de 2016 por 16 milhões de dólares e que veio a render USD 34 milhões de dólares, depois de lapidado e transformado em jóia.

Com uma concessão de 3.000 quilómetros quadrados, a mina, detida pelas empresas angolanas Endiama E.P (32%) e Rosas & Pétalas (28%), bem como pela australiana Lucapa Diamond (40%), assegura, actualmente, 700 empregos directos e indirectos.HD 





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