Lubango - O presidente do Conselho de Administração do Caminho de Ferro de Moçâmedes (CFM), António Coelho da Cruz, destacou, na quarta-feira, na África do Sul, as potencialidades económicas do “Corredor Sul” (Namibe, Huíla e Cuando Cubango), para captar novos investimentos e dinamizá-lo.
O gestor participa da Exposição e Conferência SARA Rail, que reúne todos os anos os maiores operadores de transporte ferroviário a nível de África, para abordar temas sobre o desenvolvimento no sector, sob o lema “Impulsionar o Comércio Continental Via Ferroviária: Investimentos em Ferrovias Africanas para o Desenvolvimento Sustentável Continental”.
Intervindo no painel sobre o "Corredor do Lobito", no Centro de Convenções de Sandton, em Joanesburgo, António Cruz, fez uma abordagem sobre as vantagens que abarcam o “Corredor Sul”, cujas infra-estruturas, como o CFM, o Porto Mineraleiro de Sacomar e o comercial do Namibe estão vocacionadas à exportação.
Salientou que são activos que dependem “completamente” dos recursos minerais e naturais da região, cujo potencial pode ser melhor rentabilizado, com mais investimentos.
O painel contou com a presença dos presidentes dos conselhos de administração das congéneres Caminho de Ferro de Benguela (CFB) e o de Luanda (CFL).
A feira do SARA decorre com a participação de todos os países e empresas ferroviárias da Comunidade Para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e tem como objectivo captar financiamento para a implementação de novos projectos do sector ferroviário.
O potencial a nível dos recursos minerais existente na região sul do país, bem como o aumento da mobilidade urbana e rural, obrigou o CFM a colocar a disposição material circulante todos os dias, de forma a dar suporte à demanda.
O comboio do Caminho de Ferro de Moçâmedes, empresa cuja sede está na cidade do Lubango, transporta mais de duas mil pessoas todas as semanas num traçado que corresponde a 860 km, ligando as províncias do Namibe, Huíla e Cuando Cubango.
A Agência Reguladora de Certificação de Carga e Logística de Angola (ARCCLA), que convidou as empresas angolanas, participa pela terceira vez na Conferência, que encerra nesta sexta-feira. Além dela, Angola faz-se representar pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o CFL, CFM e o CFB, num total de vinte delegados. MS