Talatona – Os participantes da III edição da Conferência Espacial de África 2024 consideraram, esta sexta-feira, em Luanda, “excelente e histórica” o evento, por debater aspectos ligados à indústria espacial com uma visão de crescimento do continente.
Segundo o professor universitário António Alberto Neto, que falava à ANGOP, a questão aero-espacial deve ser entendida a nível da educação desde a primária, aconselhando os líderes africanos a estarem unidos para alicerçar os progressos.
Destacou que, outro aspecto importante do encontro foi a luta contra a pobreza, frisando que a utilização do satélite pode permitir a melhoria do sector agrícola.
Para o director-gerente do Space In Africa, Temidayo Oniosun, a troca de experiência durante o certame servirá para capitalizar os investimentos em infra-estruturas para o benefício socioeconómico dos africanos.
No seu entender, a África que se quer está emanada na agenda 2063 da União Africana (UA), onde se apela para a colaboração entre os países do continente, no sentido de se trazer a inter-conexão e a captação de investimento, de modo a se gerar mais emprego e oportunidades para a juventude.
“A Indústria especial vem apenas trazer à execução dos planos da África que todos nós queremos”, disse.
Por sua vez, a consultora sénior da empresa americana da Administração Espacial Aeronáutica Nacional (NASA), Amber Mclntyre, disse que a conferência foi uma boa oportunidade para trocas de experiência entre estudantes, líderes e organizações africanas.
Já o director-gerente do Space In Africa, Temidayo Oniosun, afirmou que a troca de experiência vai servir para capitalizar os investimentos e infra-estruturas para o benefício socioeconómico dos africanos.
Por sua vez, o porta-voz do encontro, Gilberto Gomes, considerou positivo encontro, realçando que os conferencistas concordaram que se deve investir na formação de quadros para manusearem as tecnologias de ponta que o sector exige.
Apontou também que os decisores políticos ganharam consciência de que é necessário mais investimento no espaço e que só através da união e parcerias internacionais se pode alavancar o sector.
A III edição da NewSpace Africa decorreu de 2 a 5 deste mês, em Luanda, com a participação de representantes das maiores agências espaciais do mundo, visando abordar o papel da tecnologia do espaço no combate à pobreza no continente africano.
O evento, que decorreu no Centro de Convenções de Talatona (CCTA), em Luanda, contou com a participação de 600 delegados, para além de uma exposição de 28 organizações proeminentes da indústria espacial global e de outras 24 empresas que apresentaram as suas soluções e serviços.
Entre as stands das principais agências espaciais do mundo, destacam-se a americana NASA, as europeias ESA e Airbus e a chinesa CAST, que marcaram presença no certame organizado pela Space in Africa, em parceria com a União Africana (UA).
A organização do evento contou, igualmente, com a parceria do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN) do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS). GIZ/ART
