Luanda- A participação de Angola na 31ª Conferência Internacional de Minas e Exposição "Mining Indaba 2025", na Cidade do Cabo, África do Sul, que visou a discussão de temas sobre avanços tecnológicos, práticas sustentáveis e investimentos no sector da mineração, foi um dos assuntos relevantes do noticiário económico da semana.
A delegação angolana ao maior evento africano de investimentos no sector mineiro, que decorreu de 3 a 6 desde mês, foi chefiada pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo e integram altos responsáveis deste departamento ministerial, da Agência Nacional de Recursos Minerais, do Instituto Geológico de Angola, da Endiama-EP e Sodiam-EP, bem como de empresas mineiras e da Embaixada de Angola na África do Sul.
O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, convidou, no referido evento, os empresários locais a visitarem Angola, com o intuito de investirem no sector mineiro.
O governante destacou o vasto portfólio de recursos minerais, tais como ouro, cobre, ferro, nióbio, terras raras e areias pesadas que permanecem em grande parte inexplorados, bem como os complexos ígneos e a extensão do Copperbelt que aguardam por investimento.
Salientou que apesar dos 100 anos de exploração de diamantes, Angola ainda tem mais riqueza mineral por descobrir, garantindo aos geólogos que queiram ter o nome nos anais destas descobertas, que visitem o país.
No decorrer do evento foi assinado um contrato de investimento mineiro para exploração na Lunda-Norte, entre a Agência Nacional dos Recursos Minerais e a Endiama (por Angola) e a empresa privada Ndumba.
O empresário sul africano e fundador da BON Hotels, Guy Stehlik, manifestou o interesse de investir no sector hoteleiro angolano.
A cadeia internacional de gestão de empreendimentos hoteleiros que desde 2012 actua nos diferentes países africanos, quer investir, sobretudo, na gestão de unidades hoteleiras nacionais.
Ao manifestar a intenção de se instalar no país, sobretudo nas províncias de Luanda, Namibe, Huíla e Benguela, prometeu capacitar e apostar no capital humano local, para que no futuro o país tenha quadros preparados e capazes de gerir grandes unidades hoteleiras.
Por sua vez, o director-geral do Instituto de Fomento Turístico de Angola (INFOTUR), Lukeni Araújo, reafirmou abertura do país aos investimentos do género, numa altura em que o Executivo trabalha para atrair mais investidores.
"O BON Hotels é um grupo bastante consolidado no mercado africano e acreditamos que tem grande potencial em estabelecer-se aqui em Angola. Nós temos a intenção de disponibilizar aquilo que são as unidades hoteleiras que estão à disposição do Estado angolano", referiu.
A Coca-Cola apontou na semana que hoje, sábado, finda, o desejo de aumentar a incorporação de matéria prima nacional na composição dos seus produtos, estando disponível para adquirir todo açúcar a ser produzido em Angola.
A intenção visa, essencialmente, deixar de importar esse produto, que também será distribuido, a partir de Angola, em unidades fabris que detém no continente.
O desejado foi apresentado ao ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, durante um encontro com executivos da multinacional, no qual foram discutidos, entre outros temas, as operações da empresa em África, com particular enfoque em Angola.
As Câmaras de Comércio e Indústria de Angola e do Qatar assinaram, em Doha, um memorando com vista ao reforço das relações empresariais entre os dois países. ASS