Icolo e Bengo - A província do Moxico, conta a partir da próxima sexta-feira com um parque de energia solar-fotovoltaico de 25,3 MW, instalado nos arredores da cidade do Luena, para beneficiar 59.483 pessoas, soube-se esta quarta-feira.
A produção de energia eléctrica para abastecer a cidade do Luena é feita actualmente através da central hídrica de Tchiumbwe-Dala, com 12,4 MW, central térmica Luena2, com 4,4 MW e Luena3 (Wartsila), com 10 MW disponíveis.
O novo empreendimento orçou 36,9 milhões de euros e comporta um total de 43.680 painéis solares.
Segundo uma nota de imprensa do Ministério da Energia e Águas, a que a ANGOP teve acesso hoje, a empreitada consta do plano do governo angolano, "Energia Angola 2025" que prevê diversificar a matriz energética do país para assegurar que cerca de 82% da sua população rural tenha acesso a electricidade.
Com a entrada em funcionamento desse parque fotovoltaico fica assegurado o fornecimento de forma ininterrupta de energia eléctrica a cidade do Luena.
O parque fotovoltaico do Luena consta de um total de sete, a serem construídos nas províncias de Benguela (Baía Farta e Biópio), Huambo (Bailundo), Bié (Cuito), Lunda-Norte (Lucapa) e Lunda-Sul (Saurimo), que entrarão em funcionamento até ao final do ano em curso.
Os parques fotovoltaicos de Saurimo, na província da Lunda-Sul, Biópio e Baía Farta já produzem energia eléctrica limpa.
O informe adianta que, no seu conjunto, os sete parques solares foram desenvolvidos por um consórcio internacional composto pelas empresas Sun África e MCA, estando a última com a incumbência da engenharia e construção.
A mesma já concluiu três parques de energia limpa e renovável para cerca de 2,4 milhões de angolanos, contribuíndo para a redução anual de emissão poluente de cerca de um milhão de toneladas de CO2 (dióxido de carbono).
Os parques fotovoltaicos permitem igualmente eliminar a necessidade de consumo de cerca de 1,4 milhões de gasóleo em geradores e produção térmica, com efeitos poluentes, o que permitirá uma poupança significativa nos gastos com a importação de combustíveis.AJQ