Panificadoras no Cunene elevam preço do pão

     Economia           
  • Cunene     Quinta, 18 Janeiro De 2024    13h18  
Padaria
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Tarcísio Vilela - ANGOP

Ondjiva – As panificadoras da cidade de Ondjiva, sede capital da província do Cunene, elevaram o preço do pão desde segunda-feira, com a carcaça de 60 gramas a passar de 40 para 50 a 60 kwanzas, sob a alegação da subida do custo da farinha de trigo no mercado local.

Em declarações esta quinta-feira à ANGOP, os comerciantes afirmam que a medida é uma resposta à subida no preço da matéria-prima, em especial o saco de farinha de trigo de 50 kg que passou de 17 para 36 mil kwnzas nos últimos três meses.

Apontaram ainda que a subida deve-se a alteração do preço do fermento, agora a dois mil contra os kz 800 anteriores, o saco de sal de 25 kg passou de mil e 200 para cinco mil Kwanzas, o óleo vegetal passou de 14 mil para 33 mil kwanzas a caixa, assim como encargos de energia, água e gasto com o pessoal.

Na padaria Marinela, o pão está a ser comercializado no valor de 60 kwanzas, contra os 45 anteriores, conforme fez saber o gerente João dos Santos.

Disse que, em menos de quatro dias, o preço praticado na compra do saco de 50 kg de farinha passou dos 30 mil para 36 mil kwanzas. 

Essa evolução, prosseguiu, está a inviabilizar as finanças das panificadoras, tendo em conta os custos de produção, pagamento de salários e impostos.

Os responsáveis da padaria Confiança, Malanga Leivo e Felicidade dos Santos da MWSP, estão a vender o pão a 50 kwanzas, mas com tendências de aumentar a 75 kwanzas, em função da variação dos preços de aquisição da matéria-prima.

Os mesmos ressaltaram que o preço de kz 40 foi estabelecido numa altura em que o saco era comercializado no valor de 19 a 20 mil kwanzas, e actualmente o custo não corresponde com os encargos e benefícios das empresas panificadoras.

Explicaram ainda que a escassez da farinha no mercado nacional impossibilita as panificadoras adquirir grandes quantidades do produto, e, para não paralisar a actividade, são obrigados a recorrer ao mercado paralelo.

José Kitengue da padaria Macrop, fez saber que o preço do pão continua estável (kz 45), devido ao stock existente da farinha de trigo, adquirido na capital do país (Luanda), onde os custos são relativamente mais baixos em relação ao mercado local.

Por seu turno, o director do gabinete do Desenvolvimento Económico Integrado no Cunene, Felisberto Hisimongula, disse que a instituição vai realizar um trabalho com os fornecedores e filiados das indústrias de panificação, no sentido de encontrar uma decisão conjunta sobre o problema.

Esclareceu que o encontro será antecedido, por um trabalho técnico da equipa da Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar (ANIESA), a fim de auferir até que ponto a subida do preço do pão viola a legislação.

Dados do Gabinete Provincial do Desenvolvimento Económico Integrado no Cunene apontam a existência de mais de 50 padarias, a maioria a operarem na cidade de Ondjiva.FI/LHE/AC   





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