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Pângala quer recuperar alta de produção petrolífera dos anos 70

     Economia              
  • Luanda • Sábado, 13 Julho de 2024 | 16h29
Plataforma petrolífero  "Pângala - Etu Energias"
Plataforma petrolífero "Pângala - Etu Energias"
Domingos Cardoso - ANGOP

Soyo – O parque petrolífero onshore do Pângala, detido pela Etu Energias, na cidade do Soyo, província do Zaire, pretende recuperar os níveis de produção dos anos 70, cuja média era de 50 mil barris por dia.

Segundo o presidente do Conselho de Administração da Etu Energias, Edson Santos, o parque produz actualmente cinco mil e 300 barris diários, uma baixa justificada pela caducidade das linhas, que perderam a pressão para a retirada do produto.

Edson Santos falava, esta sexta-feira, no Soyo, durante uma sessão de “Café com jornalistas”, no quadro de uma visita guiada organizada pela empresa ao campo petrolífero de 15 poços e igual número de linhas de passagem do líquido.

Lembrou que o Pângala é um campo velho, que entrou em funcionamento, em 1970, pela agora extinta petrolífera Fina, com uma produção média diária de 50 mil barris.

Actualmente, disse Edson Santos, para melhorar os processos muitas vezes os operadores usam a "picota", para ajudar no aumento da pressão, metodos que a empresa pretende substituir por outros “mais modernos”.

O empresário explicou igualmente que, para a mudança de paradigma, existe um projecto para a substituição das linhas de passagem, tendo em conta questões ambientais como a redução de emissões de gases.

"A perspectiva é voltar a produzir os 50 mil barris anteriores”, insistiu.

Sobre a produção nacional, recordou que o país já produziu em média mais de dois milhões de barris diários, antes de passar para os pouco mais de um milhão de barris actuais.

A Etu Energias conta actualmente com 91 poços em produção, embora tenha um número acima de perfurados.

Do total da produção, 90% é feita na província do Zaire, mais precisamente no Soyo, no chamado Baixo Congo, onde a empresa conta com mais de mil postos de trabalho, 270 colaboradores e benefícios fiscais de 35%.

Em 2023, arrecadou 141 milhões de  dólares americanos, o que representa 82% de aumento do lucro comparativamente à facturação de 2022.

O custo de produção do barril está avaliado em 14 dólares e o campo tem uma capacidade de estocagem de 40 mil barris, dispondo de quatro tanques.

Em 2023, a produção total foi de 13 mil barris, enquanto que, em 2024, a perspectiva é evoluir para 25 mil.

A Etu Energias é uma empresa integrada de energia, 100% angolana e com capital exclusivamente privado.

Dedica-se à pesquisa, desenvolvimento, produção e comercialização de petróleo bruto e concluiu, recentemente, um acordo de compra de activos da petrolífera Galp, em Angola, e da Total, para reforçar  a sua posição  como player de referência da indústria petrolífera angolana. ML/IZ





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