Luanda – O arranque do Plano Nacional de Fomento para Produção de Grãos (PLANAGRÃO), previsto para este ano, vai ainda passar pela elaboração de um estudo detalhado em várias vertentes em quatro províncias do Leste do país.
De acordo com o secretário de Estado da Economia, Ivan dos Santos, o estudo vai definir os passos de implementação do plano nas províncias eleitas, como o Moxico, Lunda-Sul, Lunda-Norte e Cuando Cubango e outras regiões do país, com condições edafoclimáticas para produção de milho, soja, trigo e arroz.
Falando à imprensa, esta segunda-feira, à margem da 2ª Reunião da Comissão Multisectorial do PANAGRÃO, Ivan dos Santos referiu que o estudo “detalhado” prevê durar entre três a quadro meses, um trabalho que vai envolver a unidade técnica da referida comissão.
Com o estudo, augura-se respostas de como iniciar as infra-estruturas de base disponíveis no país.
“Há necessidades, em termos de horizonte temporal, elaborar o estudo para estas quatro províncias sem prejuízo de outras regiões”, disse o responsável, augurando celeridade do mesmo estudo, no quadro do cumprimento do cronograma que foi definido para o PLANAGRÃO, que tem a duração de cinco anos.
Após a elaboração do estudo, segue-se a implementação, com base em critério de capital intensivo, de acordo com Ivan dos Santos.
Entre outras actividades previstas, em torno do PLANAGRÃO, consta a reparação das vias de acesso prioritárias para o apoio do plano, tendo por base os termos de loteamento concedidos.
Prevê-se também assegurar o acesso à energia e água nas zonas em que serão realizados os projectos, recuperação de silos, armazéns e as linhas férreas, de acordo com as prioridades a serem definidas pelo Ministério da Agricultura.
O orçamento definido para o PLANAGRÃO está na ordem dos 2,8 biliões de kwanzas, o equivalente a 5,4 milhões de dólares norte-americanos que serão utilizados de forma segregada para financiar as infra-estruturas como estradas e loteamentos.
Do mesmo valor total , 1,6 biliões de kwanzas serão aplicados para financiar o sector privado, pelo Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA).
Por questões de limites orçamental, os referidos valores também vão servir para financiar os custos da unidade técnica que vai acompanhar toda a implementação do plano.