Caxito – O ministro da Agricultura e Florestas, Francisco de Assis, revelou hoje, quinta-feira, na província do Bengo, que Angola está a trabalhar para criar o primeiro laboratório de biotecnologia para o café.
Ao intervir na abertura da 1ª conferência provincial do café no Bengo, o governante ressaltou que com a instalação do referido laboratório, com as suas valências técnicas e de capital humano, a cafeicultura em Angola dará um salto significativo.
Sem adiantar o tipo de programa, informou que o Ministério Agricultura e Florestas está a desenvolver um amplo programa da cultura do café em todo o país, e que províncias como Malanje, Cuanza Sul, Bié, Huambo e Huíla estão a fazer grandes progressos neste sector, principalmente com o café arábica.
Do ponto de vista institucional, o Instituto Nacional do Café de Angola (INCA) está a implementar um conjunto de transformações para melhor apoiar os cafeicultores, disse.
Ao referir-se a experiências partilhadas com alguns países produtores, considerou ser imperioso o redimensionamento das fazendas, para que as propriedades se possam desenvolver e partilhados os espaços com os trabalhadores que devem ser vistos como colaboradores e parceiros.
Sobre a cultura do café no Bengo, antes baseada numa estrutura de colonização, apontou a necessidade de se ajustar o modelo de produção e a forma organizativa à realidade actual.
“Se não formos capazes de fazer isso, nossos rendimentos, tanto do ponto de vista cultural, como social e económico estarão comprometidos”, frisou.
Recomendou a inclusão da juventude no desenvolvimento da cultura, pois em muitas regiões do país a população ligada ao café está já envelhecida.
Pediu aos cafeicultores para preservarem as plantas que mesmo depois de 50 anos ainda permanecem e produzem.
“Precisamos de trabalhar sobre esses exemplares (plantas), mantendo essa mesma genética, voltando a reclassificá-la para percebermos o quão valioso é o tesouro que temos nas mãos nesse domínio”, destacou.
Promovida pelo Governo Provincial, a 1ª conferência provincial do café no Bengo, com a duração de um dia, visa divulgar as potencialidades do Café Robusta e criar um espaço de intercâmbio de experiências entre vários países produtores. CJ/IF