País prevê emitir "Títulos Verdes" em 2024 

     Economia           
  • Luanda     Quinta, 30 Novembro De 2023    13h19  
Zona urbana da cidade de Luanda
Zona urbana da cidade de Luanda
Tarcísio Vilela - ANGOP

Luanda - O país vai emitir, no exercício económico de 2024, os primeiros Green Bonds" Títulos Verdes", que terão como destino o financiamento de projectos com impacto directo sobre a sustentabilidade ambiental.

A informação foi avançada esta quinta-feira pelo  ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano,  referindo que a emissão de Títulos Verdes enquadra-se no Quadro operacional para o financiamento sustentável, aprovado em Maio do corrente ano e conta com a participação dos operadores financeiros nacionais e demais agentes económicos.      

Segundo o governante, que proferia o discurso de abertura do Fórum sobre Sustentabilidade no Sistema Financeiro angolano, promovido pelo Banco Nacional de Angola,  a sustentabilidade tornou-se tema prioritário na agenda do sector financeiro global, além da legislação e regulamentação.

" A sociedade espera que o sector financeiro contribua para um futuro mais sustentável,  os bancos, as companhias de seguro, os gestores de activos e outros intervenientes no mercado são vistos como um factor crucial no financiamento e concretização da transição para uma economia sustentável”, asseverou.        

Indicou que nos anos de 2000 o conceito de sustentabilidade passou a contemplar mais formalmente as dimensões ambientais, sociais e de governo nas empresas na sigla em inglês "ESG".    

As instituições financeiras, disse, vão  ter de assegurar e implementar internamente os  princípios da ESG e também  definir o risco na concessão de créditos e no investimento.

Lembrou ainda que, em 2004, em mais uma iniciativa da Nações Unidas, no âmbito do Pacto Global, foi publicado um documento desenvolvido por intervenientes relevantes do sistema financeiro de vários países, com o título em português de "Ganha quem se importa", trabalho que introduziu o termo ESG.      

Com este trabalho, acrescentou, pretendeu-se desencadear uma descrição mais ampla sobre o tema de sustentabilidade e emitir recomendações para clarificar, nesse âmbito, o papel de todos os intervenientes no mercado financeiro, nomeadamente empresas, reguladores, bolsas de valores, investidores, gestores de activos, correctores, analistas, contabilistas, consultores financeiros, entre outros.

José de Lima Massano encorajou o Conselho de Supervisão do Sistema Financeiro a aprofundar o debate, de modo a assegurar o crescimento e desenvolvimento do sistema financeiro nacional, com consideração permanente e realista de factores ambientais, sociais e de prevenção.ASS/AC





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