Luanda - Um Centro de Alta Performance Petrolífera foi inaugurado, esta terça-feira, em Luanda, para impulsionar a estabilização da produção de petróleo e combater o declínio em campos maduros (áreas de extracção de petróleo), com recurso à inteligência artificial.
O centro, primeiro do género no país, vai funcionar como plataforma de colaboração para os intervenientes dos sectores de petróleo, gás e energia, oferecendo soluções inovadoras nas áreas digital e da Inteligência Artificial (IA).
O projecto, uma iniciativa da multinacional SLB, pretende identificar áreas de produção, avaliar problemas e solucioná-los, visando a melhoria do desempenho operacional dos intervenientes.
A instituição prevê a implementação de projectos em parceria com o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, com a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis e diversas empresas do sector.
Ao presidir o acto de inauguração, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, sublinhou que o centro foi projectado, igualmente, para formação de jovens em diversas áreas do sector de petróleo e gás.
O ministro destacou a importância da infra-estrutura para a melhoria da actividade extractiva no país, sobretudo nos campos maduros (áreas de extracção de petróleo), que estão em fase de declínio, mas ainda possuem reservas significativas.
“Angola conta com vários campos maduros, pelo que o centro ora inaugurado representa um instrumento importante para a resolução de problemas da indústria, através da utilização de tecnologia moderna”, salientou.
Por sua vez, a secretária de Estado para Ciência, Tecnologia e Inovação, Fátima Pinto de Ceita, enalteceu o contributo que o centro vai prestar na transformação digital e desenvolvimento sustentável do país.
Reiterou o empenho do Executivo na melhoria do ecossistema de inovação, para a diversificação económica e melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
Já o presidente da SLB para o Mercado Offshore, Wallasse Pescarini, explicou que a escolha de Angola para a implementação do primeiro centro no continente deveu-se da necessidade que o país tem em termos de inovação, face aos desafios que os campos maduros apresentam.
Adiantou que a unidade vai conectar os especialistas de Angola e de outros países, onde a multinacional dispõe de infra-estrutura idêntica, como o Brasil, México, Estados Unidos da América, Noruega e Emirados Árabes Unidos.
Entretanto, o director-geral da SLB em Angola, África Central e Oriental, Miguel Baptista, assinalou que a intenção é usar o poder da informação e dos avanços tecnológicos para aumentar o sucesso na exploração, produção e estender a vida dos campos, bem como fazer abandonos com custos mais reduzidos.
A SLB (anteriormente conhecida como Schulumberger) é uma empresa global de tecnologia energética presente em mais de 100 países, voltada essencialmente à inovação em petróleo e gás, fornecimento de soluções digitais em larga escala, descarbonização de indústrias, desenvolvimento e expansão de novos sistemas energéticos que aceleram a transição energética. ACC/ASS
