Luanda - Os projectos financiados pelo Programa de Apoio ao Crédito (PAC), num total de 1.202, vão passar por uma vistoria, nos próximos dias, depois de desembolsados 49 mil milhões de kwanzas, em 2022, pelo Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA).
De acordo com o secretário de Estado para a Economia, Ivan dos Santos, o acompanhamento dos projectos financiados em 2022 será feito por equipas do BDA, com auxílio dos quadros do Ministério da Economia e Planeamento, do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (INAPEM) e do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Ivan dos Santos, que falava à imprensa, à margem da 1ª Reunião Ordinária da Comissão Económica do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço, disse que será avaliado o processo de impacto do PAC na economia real.
A avaliação, segundo o dirigente, será feita com base nos projectos que foram financiados e número de empregos criados, dados estatísticos que considera importantes para se poder balançar as políticas públicas do país.
Até Dezembro de 2022, frisou, foram aprovados, no âmbito do PAC, mais de três mil processos, em que foi possível desembolsar 1.202 projectos pelo BDA no valor de 49 mil milhões kwanzas, dos 61 mil milhões aprovados.
Dos restantes projectos já aprovados, o BDA vai continuar a atender o diferencial, cerca de 611, que terão desembolso dentro da carteira aprovada.
O PAC sofreu, em 2022, um adicional de 20 mil milhões de kwanzas, passando de 41 mil milhões para 61 mil milhões, devido ao elevado número de procura registado por vários promotores de projectos a nível nacional.
Este programa do Executivo angolano tem condições específicas muito acessíveis, ou seja, um crédito que garante que os promotores apliquem os seus projectos de forma mais sustentável, de acordo com o secretário de Estado para a Economia.
“Há perspectiva de continuidade do PAC em 2023, conforme foi apresentado na sessão”, garantiu Ivan dos Santos, sem avançar valores a serem aplicados no programa.
Afirmou que os recursos para 2023 serão cedidos à medida que se for constantando o nível de aplicação dos financiados feitos em 2022, recursos estes que serão disponibilizados pelo Ministério das Finanças, sem prejuízo da programação anual que o sector faz para atender os programas do Governo.
Para 2023, acrescentou, perspectiva-se um PAC com “nova roupagem” e direcionado para criar mais impacto na economia e garantir que os promotores possam criar e ter condições de empregabilidade, impactando positivamente na vida das populações.
Na lista dos projectos mais financiados no quadro do PAC, a agricultura lidera com 723, seguida dos operadores de comércio e distribuição (463), da indústria transformadora (158) e os restantes da pecuária, do sector têxtil e vestuário.
A província de Luanda continua a deter a maior fatia em termos de crédito e projectos aprovados.