Benguela – A indústria do sal na província de Benguela produziu 102 mil e 696 toneladas de Janeiro a Setembro deste ano, menos 34 mil e 180 toneladas do que no mesmo período de 2022, soube hoje a ANGOP.
De acordo com os dados provisórios do Gabinete Provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas, fornecidos à ANGOP, até Setembro do ano passado, a produção de sal havia atingido 136 mil e 876 toneladas do produto.
Das 102.696 toneladas de sal bruto produzidas até o terceiro trimestre de 2023, 65 mil e 879 correspondem a sal iodizado.
Ao fazer o balanço anual, o director do Gabinete Provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas, José Gomes da Silva, considera que a indústria do sal está no bom caminho, porque as empresas continuam a investir na expansão deste subsector.
O responsável disse que neste momento estão em construção mais cinco salinas na cidade do Sal do Chamume, no município da Baía Farta, uma das quais poderá ser inaugurada em Fevereiro de 2024.
José Gomes da Silva destaca como aspecto positivo no ano prestes a terminar a chegada, pela primeira vez, da energia eléctrica à cidade do Sal, o que trouxe outro alento aos produtores para o aumento dos níveis de produção.
Lembra que a província de Benguela é responsável por cerca de 85 por cento da produção nacional de sal, tendo em conta as favoráveis condições climatéricas, aliada à existência de terras na zona do Chamume, daí ter o Governo dado primazia à sua electrificação.
Menos custos de produção
Ainda sobre a eletrificação da zona de produção do sal do Chamume, o presidente da Associação dos Produtores de Sal de Angola (APROSAL), Tottas Garrido, defende ser o caminho certo porque ajuda a reduzir os custos de produção.
Segundo ele, a instalação da rede eléctrica no Chamume atende ao grito de socorro dos produtores de sal, devido aos elevados custos com a aquisição de combustível para os geradores.
Tottas Garrido vê ainda como outro impacto da electrificação dos campos de produção do Chamume a melhoria da qualidade do produto destinado à indústria alimentar.
Lembrando que o país já é autossuficiente na produção de sal para o consumo humano, Tottas Garrido garante que a APROSAL vai continuar a incentivar a produção de sal para estimular a indústria alimentar e aumentar a empregabilidade juvenil.
Já a administradora do Grupo Adérito Areias, proprietária das Salinas Calombolo, também ressalta os benefícios da electrificação do Chamume, pois possibilita economizar mais de cinco mil litros de gasóleo por dia nas três unidades.
Tânia Areias revela que as Salinas Calombolo pretendem alcançar até finais de 2023 uma produção que supere a do ano transacto, uma meta que considera tangível com o acesso à electricidade da rede pública em vez dos geradores. JH/CRB