Rochas ornamentais vendidas a tonelada a partir de Abril

     Economia           
  • Huíla     Sexta, 08 Março De 2024    10h16  
A Polónia importa essencialmente, de Angola, Rochas Ornamentais
A Polónia importa essencialmente, de Angola, Rochas Ornamentais
António Escrivão

Lubango – Os membros da Associação dos Produtores, Transformadores, Comercializadores e Exportadores de Rochas Ornamentais do Sul de Angola (APEPA) vão, a partir de Abril próximo, passar a exportar a tonelada ao invés do metro cúbico, para evitar falsas declarações no processo.

Actualmente um bloco de granito pesa em média 25 toneladas e são exportadas dezenas do produto diariamente, através dos portos do Namibe, Lobito e Luanda, tendo como principais mercados, a China, Espanha, Portugal, Polónia e alguns países africanos.

A informação foi avançada hoje, nesta cidade, pelo vice-presidente da Associação, Elias Cipriano, no quadro da realização da Assembleia-geral Ordinária da APEPA, realizada na quarta-feira, na cidade do Lubango.

Segundo a fonte, cada material vai ter um preço, pelo que a tonelada de granito preto, na pedreira poderá custar de 50 a 70 dólares, ao passo que o mármore, os valores poderão variar de 100 a 120 dólares/tonelada, preços já enviados à Administração Geral Tributária e os governos provinciais para controlo.

Mesmo sem precisar, Elias Cipriano esclareceu ser um preço superior ao que era praticado pelo metro cúbico, pelo menos 50 por cento a mais do valor praticado anteriormente.

Declarou que os preços são segredos de cada empresa e não conseguiam mensurar o que cada um fazia, existindo uma concorrência desleal entre as empresas e só agora é que terá uma pauta mínima para o subsector, para regularizar o valor das vendas no mercado externo e o Estado poderá arrecadar mais divisas com a área.

“Anteriormente algumas empresas não eram claras e honestas na declaração das quantidades que exportavam e a alteração de metros cúbicos por tonelada vem para acudir essa situação e criar uma barreira para que a situação não aconteça”, reforçou.

Salientou ser uma medida acordada entre os membros participantes da referida assembleia que observaram ser uma solução para colmatar o  mau funcionamento do subsector.

Sobre o Instituto Geológico de Angola, na Huíla, Elias Cipriano destacou ser uma mais-valia não só para caracterizar os mineiros, mas para mostrar ao mundo a organização do subsector, aparecendo ainda para fazer uma descrição concreta do produto que a empresa tem em prospecção.

Aferiu estarem a passar um momento difícil não só no mercado interno, mas no internacional, por causa do mercado da construção e a APEPA  vem dar soluções para o sector, para gerar mais empregos, ter estabilidade financeira e promover o desenvolvimento.

Entre as dificuldades avançou as altas taxas portuárias, a falta de celeridade na obtenção de documentos, a questão da energia e água da rede pública nas minas, a fraca capacidade de transporte do Caminhos de Ferro de Moçâmedes, 

Lembrou que as rochas em Angola têm praticamente 30 anos de existência e  estão a concorrer com países que têm mais de 200 anos, como Portugal, China, entre outros, pelo que precisam atingir os mesmos níveis dos  mesmos. 

Considerou a APEPA, uma organização que existe desde 2022, aparece no sentido de criar sinergias, ver soluções e estipular metas para poderem chegar ao mesmo nível dos países que estão há mais anos no processo

A Assembleia-geral Ordinária da APEPA decorreu sob o lema "Produção e competitividade, rumo à diversificação da economia", num período de seis horas e  contou com a participação de 21 operadores do subsector, de vários pontos do país, com destaque para a Huíla e Namibe. EM/MS





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