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Operacionalização da REA reduz inflação em cerca de 18%

     Economia              
  • Luanda • Quinta, 28 Abril de 2022 | 14h13
Oferta de bens alimentares aumentou no mercado e está a influenciar a baixa do preço dos produtos
Oferta de bens alimentares aumentou no mercado e está a influenciar a baixa do preço dos produtos
Morais Silva

Luanda - A operacionalização da Reserva Estratégica Alimentar (REA) e a condução de uma política restritiva influenciaram na redução da inflação em Angola em cerca de 18%, este ano de 2022.

Segundo o director nacional de Estudos e Planeamento do Ministério da Economia e Planeamento, Luís Epalanga, isso deve-se, igualmente, “à recuperação da actividade económica não petrolífera”, com efeito no aumento da oferta interna de bens e serviços, para a continuidade da estabilidade cambial.

Ao falar no habitual briefing desse departamento ministerial, o director disse que se prevê um crescimento do PIB de 2,7%, suportado pela ascensão do sector não petrolífero de 3,2% e do  petrolífero, incluindo o gás, de 2,1%.

“O crescimento do sector não petrolífero continuará a ser liderado pelos sectores da agricultura (4%), pescas (10%), indústria (5%), comércio (3,4%) e construção (2,4%)”, referiu, destacando as contas fiscais deverão apresentar um saldo fiscal superavitário de cerca de 6% do PIB.

Enquanto isso, salientou que o stock da dívida governamental apresentará uma variação nominal negativa de cerca de 25%, face ao ano de 2021, e destacou, na ocasião, aprovação da Programação Macroeconómica Executiva pela Comissão Económica do conselho de Ministros, a 26 do corrente mês.

Luís Epalanga informou que, a nível do sector externo, perspectiva-se um saldo superavitário na Balança de Pagamentos (BP), na ordem dos 3.600,7 milhões de dólares, permitindo o aumento das Reservas Internacionais Líquidas (RIL) em 4,4 mil milhões de dólares.

Relembrou que esta Programação Macroeconómica Executiva, visa, por um lado, avaliar o desempenho das variáveis macroeconómicas no I trimestre do ano, e, por outro, antecipar o desempenho macroeconómico nacional nos trimestres subsequentes do ano, tendo em conta o comportamento esperado para as variáveis exógenas.

“As variáveis permitem ao Governo adoptar as medidas de gestão macroeconómicas exigíveis, com vista a assegurar a realização dos objectivos previstos nos principais documentos programáticos, com realce para os previstos no Orçamento Geral do Estado (OGE-2022)”, esclareceu o director nacional.

Na oportunidade, Luís Epalanga enalteceu a realização da sessão Plenária na Assembleia Nacional para o Projecto de Resolução que aprova a Ratificação da Carta Africana de Estatística, um Tratado Internacional adoptado na 12ª Sessão Ordinária da Conferência da União Africana, realizada em Adis-Abeba, Etiópia, a 4 de Fevereiro de 2009.

Por fim, referiu-se também à presença de Angola no 7º Fórum do Conselho Económico e Social (ECOSOC) sobre o Financiamento para o Desenvolvimento (FFD), que decorre de 25 a 28 de Abril, na sede da ONU, em Nova Iorque, Estados Unidos da América, onde participa uma delegação chefiada pelo Secretário de Estado para o Planeamento, Milton Reis.





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