OGE 2023 entra em execução com aumentos aos sectores social e económico

     Economia              
  • Luanda • Terça, 14 Março de 2023 | 14h22
Panorâmica da Marginal de Luanda, capital de Angola
Panorâmica da Marginal de Luanda, capital de Angola
Tarcísio Vilela

Luanda - O Orçamento Geral do Estado (OGE) 2023 entrou em execução esta segunda-feira, 13, depois de “encaixadas” as recomendações feitas pela Assembleia Nacional e publicado em Diário da República número 47.

Considerado o instrumento principal da política económica e financeira do Estado angolano, o presente OGE comporta receitas calculadas em 20,1 biliões de kwanzas, com um aumento de 7,2% face a 2022, e uma inflação na ordem dos 11,1%.

Do valor global, cerca de 12 902,2 mil milhões correspondem à despesa fiscal.

Com projecções económicas baseada no preço médio do barril de petróleo de USD 75,00, augura-se  uma produção petrolífera média diária de 1,18  milhão de barris.

O OGE 2023 apresenta também um saldo fiscal global superavitário de 559,8 mil milhões de kwanzas, correspondendo a 0,9%, do PIB, em resultado das despesas fiscais  de 22,1% e 21,2% do PIB, respectivamente.

O Executivo assegura continuar a criar saldo primário positivo na ordem dos 4,9%  do PIB,  e a implementação do compromisso de reduzir o déficit primário não petrolífero, previsto neste OGE em 6,5%  do PIB.

Neste orçamento, o Executivo incrementa as despesa sociais e do sector Económico de cerca de Kz 1 229,4 mil milhões e Kz 578,3 mil milhões, respectivamente.

A despesa social representa a maior fatia de despesa fiscal do OGE 2023, absorvendo 43,7% da despesa fiscal primária e 24% da  despesa total do orçamento, com um aumento de 34, 2% face ao OGE2022.

Admissões em casos justificados 

De acordo com o documento, no exercício económico de 2023, não são permitidas novas admissões que se consubstanciem num aumento da massa salarial da função pública, incluindo a celebração de contratos  de trabalho público.

Neste período, poderão ocorrer apenas, em casos devidamente justificados, com a prévia verificação do comportamento da despesa referente ao aumento da massa salarial e aprovação pelo Presidente da República.

Serão permitidas admissões de novos funcionários para administração pública para o preenchimento de vagas decorrentes de situações de reforma, de abandono, de demissão, de transferência, de morte ou de outras  circunstâncias previstas em diploma próprio.

Adverte-se que os processos de promoção dos funcionários públicos serão apenas efectuados mediante programações plurianuais de três a cinco anos, e de acordo com requisitos, como realização de concurso público de acesso, existência de dotação orçamental e de vagas. NE/PPA 



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