Obras do entreposto fiscal do Cuando Cubango terminam no próximo ano

     Economia           
  • Cuando Cubango     Quinta, 01 Dezembro De 2022    11h46  
Secretário de estado para os recursos Fforestais
Secretário de estado para os recursos Fforestais
Armando Morais

Menongue –  As obras de construção do entreposto de fiscalização, comercialização de madeira e derivados na província do Cuando Cubango, ficam concluídas no próximo ano, informou esta quinta-feira, na cidade de Menongue, o secretário de Estado para os Recursos Florestais, André Moda.

Os trabalhos iniciaram em Agosto de 2018. O empreendimento está a ser construído numa área de 27 hectares E vai contar com escritórios, área de recepção e processamento de madeira, serração, tratamento de resíduos, armazenamento, contentorização, oficina, posto de combustível e parque de estacionamento.

O entreposto vai contar igualmente com um restaurante, dormitórios para os funcionários e duas balanças com capacidade de 80 toneladas cada, orçado em cinco milhões de dólares.

A estrutura vai albergar, entre outros, os serviços do Instituto Desenvolvimento Florestal (IDF), Comércio, Polícia Fiscal, Administração Tributária (AGT) e banca.

André Moda, que falava durante um encontro de auscultação com a classe dos madeireiros, disse que o ministério tem já disponíveis as verbas para a conclusão da empreitada e entrar em funcionamento no próximo ano.   

Disse que a infra-estrutura vai permitir regular toda a actividade de exploração florestal na região, bem como controlar o transporte e comércio de madeira.

André Moda explicou que as florestas constituem um recurso estratégico para a diversificação da economia nacional e a sua exploração e gestão deve ser racional e eficiente, para que as receitas resultantes da sua exploração sirvam as necessidades da população da província do Cuando Cubango.

Ressaltou ser necessário que os exploradores de madeira façam, em coordenação com as administrações municipais, a plantação de novas árvores nas zonas onde estão a desenvolver a sua actividade.

 “Nos últimos anos, o sector da madeira foi invadido por estrangeiros, sobretudo chineses e vietnamitas, com a cumplicidade de empresários nacionais que faziam o transpasse de licenças ou parcerias sem autorização governamental, tendo desencorajado na ocasião tal prática que constitui um crime”, sublinhou.

O Secretário de Estado informou que, para o ano de 2023, o ministério vai lançar no Cuando Cubango um concurso público para o ingresso de 530 agentes do Serviço Nacional de Guarda-Florestal e Faunística para proteger a floresta e a fauna selvagem, bem como controlar a circulação e a comercialização dos produtos florestais, faunísticos e apícolas a nível do país.

Lembrou que o Executivo pretende, por via desta, instruir a revisão e a actualização da estratégia nacional de povoamento e repovoamento florestal, visando a extensão e o estabelecimento de novas plantações florestais de carácter comercial, industrial e energético.

A instituição vai estar dependente do Ministério do Interior, mas com dependência metodológica dos ministérios da Agricultura e Pescas e da Cultura, Turismo e Ambiente.

Pretende-se com este concurso criar condições para a evolução do sector florestal nacional ao longo dos anos, reter a pressão que a exploração e a exportação de madeira estão a exercer sobre as florestas nacionais, de modo a reforçar as acções que estão em curso em sede do Plano de Medidas para melhorar a gestão dos recursos florestais.





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