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Obras de recuperação no mercado do Kifica em fase conclusiva

     Economia              
  • Luanda • Quarta, 29 Novembro de 2023 | 17h18
Interior do Mercado do Kifica, depois do incêndio
Interior do Mercado do Kifica, depois do incêndio
Bráulio Pedro - Angop

Ramiros - Depois de um incêndio ocorrido em Outubro de 2022, que resultou num prejuízo em  mais 600 milhões de kwanzas no mercado do Kifica, localizado no município do Talatona, em Luanda, as obras de restauro terminam no mês de Dezembro do presente ano.

A execução das obras está acima de 80 porcento, faltando alguns acabamentos, como o caso da pintura do recinto.

O referido incêndio afectou os sectores de venda de material de construção como tintas, cabos eléctricos e tubos hidráulicos Pvc), roupa usada, colchões de espuma, calçados, utensílios domésticos, informático, didáctico e alimentação, sendo que, nos dias de hoje, estão totalmente recuperados.

Matias Batalha, em declarações à ANGOP, informou que,no momento, pelo menos 700 comerciantes retomaram as vendas, o que, de certo modo, satisfaz as operadoras, pelo facto de constituir o sustento de muitas famílias.

Disse ainda que, logo depois do incêndio, muitas vendedoras praticavam o comércio na parte exterior do mercado, mas devido à recuperação e de forma a organizar o recinto, a administração transferiu todos os comerciantes para o interior.

Para vendedora Marta João, é bem-vista a reabertura do mercado, pois vai permitir que se venda em segurança e se possa deixar os seus negócios, bem guardados e conservados.

O vendedor João Domingos perdeu algumas mercadorias, devido ao incêndio, mas está feliz com a reabilitação do mercado.

“Estou apto a recomeçar, mas desta vez dentro do mercado. Convido as pessoas a comparecerem, pois o mesmo está bem organizado”, referiu.

A comerciante Joana Augusto recordou que foram dias difíceis, com a desorganização, exposição ao sol e a chuva, mas agora com a reabilitação tudo se fará para salvaguardar a infra-estrutura.

Dificuldades para o recomeço

As  vendedoras agora realojadas tem encontrado muitas dificuldades em recomeçar as suas actividades financeiras, por este motivo, em alguns casos recorrem a empréstimos de familiares, no intuito de dar sequência às suas actividades.

Rosa Domingos, que exerce a actividade na área de material de construção, por sinal a mais afectada, lamentou ocorrido e contou que perdeu dois milhões de kwanzas na altura do incêndio.

Segundo a vendedora, para recomeçar as vendas teve que recorrer ao empréstimo familiar, por encontrar barreiras juntos dos bancos comerciais.

A outra vendedora Esperança Kipaxi, da área do vestuário, que também perdeu dinheiro, é de opinião que as instituições financeiras ajudassem com créditos, com objectivo de se reiniciar as vendas.

“ A recuperação do mercado representa um passo importante, pois vai dar continuidade nas nossas actividades comerciais", asseverou. 

A reintegração dos vendedores no Mercado do Kifica está a decorrer de formas faseada,  onde o primeiro grupo foi estalado no mês de Julho.  

Localizado no distrito urbano do Benfica, município do Talatona, o mercado foi construído em 2005, numa área de 14 mil metros quadrados e tem uma capacidade prevista para, pelo menos, 720 vendedores. JJD/AC





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