Mbanza Kongo – A capital da província do Zaire, Mbanza Kongo, poderá ganhar, dentro de dois anos, um novo aeroporto de caris internacional, na localidade de Nkiende II, a 34 quilómetros do centro da cidade, após lançamento da primeira pedra, hoje.
Com efeito, a empreitada de concepção, construção, instalação de equipamentos e apetrechamento da infra-estrutura foi consignada, esta sexta-feira, à empresa chinesa “Sinohydro Internacional Limitata”, em acto presidido pelo ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu.
A nova unidade aeroportuária custará KZ 89.914.192.121,61, devendo possuir uma pista de três mil e 500 metros de extensão total e 45 metros de largura, com bermas de 7,5 metros em cada lado, assim como uma faixa de segurança com dimensões de 3620mx280m.
A pista do futuro aeroporto internacional de Mbanza Kongo baptizada por Nimi a Lukeni, nome de um dos soberanos do antigo Reino do Kongo, estará projectada para operação de descolagem e aterragem de aeronaves do tipo B777-300 ER.
Segundo as autoridades, as obras em si deste Aeroporto, que servirá como porta de entrada do mundo para a província do Zaire, vão gerar 500 postos de trabalho directos, prevendo-se com a sua conclusão e entrada em funcionamento outros 60 empregos directos.
O aeroporto contará com um terminal com uma área de 12 mil e 100 metros quadrados, uma torre de controlo de 35,64 metros de altura, um edifício administrativo, outro de operações, uma estação de combate a incêndios, terminal de carga e instalações auxiliares.
A cerimónia de lançamento da primeira pedra para a construção desta infra-estrutura aeroportuária foi testemunhada pelo governador da província do Zaire, Pedro Makita Armando Júlia, e pela secretária do Presidente da República para os Assuntos Sociais, Fátima Viegas.
O concurso público deste projecto foi lançado em 2019, à luz do Decreto presidencial nº 139/19 de Julho, pelo Ministério dos Transportes, por intermédio da Sociedade Gestora de Aeroportos (SGA).
Entretanto, a obra do futuro Aeroporto Nimi a Lukeni conta com o finaciamento do banco espanhol “Bilbao Vizcaya Argentaria S.A”, com o qual o Executivo angolano assinou o acordo afim, e terá uma capacidade de receber 600 passageiros, a partir dos terminais de embarque e desembarque.
O mesmo vai coabitar futuramente com o actual aeroporto, que se encontra no centro da cidade de Mbanza Kongo, e que deixou, há anos, de receber voos comerciais de médio porte por falta de segurança. Todavia, está contemplada para obras de reabilitação e modernização, segundo apurou a ANGOP.
A construção do novo aeroporto de Mbanz Kongo é justificada, em Decreto Presidencial, com o estado de degradação do aeródromo actual, que origina grandes dificuldades de operação e acomodação de passageiros, e com a elevação da cidade de Mbanza Kongo à Património Cultural da Humanidade.
O Decreto Presidencial que anuiu o projecto refere que Mbanza Kongo beneficiou da primeira infra-estrutura aeronáutica em 1961, com a construção de um campo (aeródromo), ampliado em 1967.
O mesmo documento sublinha que o actual aeroporto está circundado por construções habitacionais em todos os seus limites, o que torna bastante penalizado, para operações aeronáuticas seguras e sem possibilidade de crescimento.
Refira-se que, a construção do novo aeroporto de Mbanza Kongo, para além de respresentar a vontade do Executivo na dinamização do sector dos transportes do país, constitui também uma das exigências da Organização das Nações Unidas Para a Educação, Ciência e Cultura(UNESCO).
Essa imposição ao Executivo angolano ocorreu aquando da inscrição da capital do antigo Reino do Kongo (Mbanza Kongo) na lista do Património Mundial, a 08 de Julho de 2017.