Talatona - O presidente da Câmara de Comércio Angola - China, Luís Cupenala, afirmou, na quarta-feira, em Luanda, que o fluxo de investimento privado entre Angola e China, nos últimos dez meses do ano de 2022, atingiu a cifra dos 120.5 mil milhões de Kwanzas, o equivalente a 295 milhões de dólares norte-americanos.
Em declarações à imprensa, à margem da cerimónia de recepção do quadragésimo aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas China-Angola, salientou que o estoque de investimento atingiu os 24 mil milhões de dólares americanos, incluindo o sector petrolífero.
Questionado sobre o impacto da visita do ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Qin Gang, ao país, disse que vai renovar e servir para reanalizar a postura das relações entre os dois países para que as mesmas se tornem robustas e profícuas nas diferentes aéreas.
Para Luís Cupenala, a visita de carácter político vai dar aval para que o sector económico se consolide, uma vez que a República da China tem investimentos muito fortes, sobretudo no sector privado.
Considerou que há mais de mil empresas chinesas que operam no país nos sectores estratégicos da economia, nomeadamente da indústria extractiva, transformadora, comércio e centros comerciais e tecnologicos.
" O centro de formação da Huawei, que custou mais 85 milhoes de dólares é a prova dessa parceria Angola/China. "São 40 anos de parceria estratégica entre os dois países", disse.
Segundo o responsável, os 40 anos comemorados servem de reflexão e permite analisar o que está bem e aprimorar as áreas com algumas lacunas, com base no quadro da industrialização e diversificação da economia.
"Nós, como câmara de comércio, a nossa missão é continuar a trabalhar internamente no país para garantir a segurança desses operadores e desenvolver fóruns económicos para que mais investimentos se mobilizem em Angola", afirmou.
Angola e a China estabeleceram a 12 de Janeiro de 1983 relações diplomáticas, abrindo um novo capítulo na história da amizade tradicional entre os países.
As relações conheceram um novo ciclo a partir de 2010. Neste ano, foram assinados os acordos de cooperação e parceiria estratégica.
Nos 40 anos de cooperação, independentemente das mudanças das situações internacionais e internas, a China e Angola sempre estiveram unidas na assistência mútua e alcançaram resultados importantes no intercâmbio e cooperação em vários domínios.