Luanda – O navio norueguês de investigação científica "Dr. Fridtjof Nansen" iniciou, esta sexta-feira, o primeiro dos dois cruzeiros de pesquisa em Angola, para mapear a distribuição e avaliar a abundância das espécies pelágicas (sardinelas, carapaus e a cavala) nas águas oceânicas angolanas.
A investigação, com um período de 26 dias, visa também estimular e aferir a biomassa da sardinha da África do Sul e outras espécies pelágicas, que se movimentam diariamente na coluna de água, segundo uma nota de imprensa a que a ANGOP teve acesso hoje.
O segundo cruzeiro terá início no dia 18 de Julho, com uma a duração de 13 dias, cobrindo apenas a área em volta de Cabo Ledo.
De acordo com o documento, os resultados da investigação, em conjunto com os dados da actividade de pesca, servirão de base para o estabelecimento das medidas de gestão da pesca para o ano 2025.
Desta forma, avança a nota, será possível promover uma exploração pesqueira sustentável e equilibrar o binómio entre a exploração e a conservação.
O cruzeiro científico serve também para estudar os mecanismos da dinâmica de ovos e larvas de espécies pelágicas, pois essa área constitui-se num local de retenção dessas fases iniciais de vida das espécies no sistema tropical.
O Ministério das Pescas e Recursos Marinhos adianta que os resultados da pesquisa permitirão conhecer a produção natural da área que garante o sucesso do recrutamento dos peixes que entram para a pescaria.
Após a realização desta primeira fase de cruzeiros, nas águas de Angola, o navio cobrirá as águas sob jurisdição da Namíbia, como parte de uma estratégia regional, com a participação de investigadores do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira e Marinha (INIPM) e de estudantes das universidades Agostinho Neto e do Namibe.
A equipa técnica integra seis investigadores do Instituto de Investigação Marinha da Noruega (IMR), quatro do Instituto das Pescas e Recursos Marinhos (NATMIRC) e 11 INIPM.
O cruzeiro é liderado pelo investigador Maik Tieedaman, do IMR, e co-liderado pela investigadora angolana Filomena Vaz Velho, directora do INIPM. OPF/QCB