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Navio "Baía Farta" suspende cruzeiro científico

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  • Luanda • Quinta, 28 Outubro de 2021 | 20h29
Navio Baia Farta (Foto ilustração)
Navio Baia Farta (Foto ilustração)
Angop

Luanda – O navio de investigação “Baía Farta” suspendeu, por tempo indeterminado, o seu programa de cruzeiro científico nas águas oceânicas nacionais, iniciado a 30 de Julho último, por razões técnicas, soube a ANGOP esta quinta-feira, em Luanda.

De acordo com a secretária de Estado para as Pescas, Esperança da Costa, a medida visa, essencialmente, proceder a afinação/calibragem de equipamentos periféricos do navio angolano, que se encontra no país desde 2018, proveniente da Roménia.

Segundo a responsável, a paragem temporária do aparelho ocorreu depois do primeiro cruzeiro de arrasto demersal (pesca de espécies no fundo do mar), concluído com sucesso, em 10 dias, na Região Norte (Luanda-Sul do Rio Congo).

Trata-se da segunda paragem do navio, depois de em 2018 terem sido identificadas inconformidades e avarias ao longo do percurso Roménia (país de origem)/Angola.

Além da calibragem, conforme Esperança da Costa, a nova paralisação da embarcação científica vai permitir, também, adequar os equipamentos às águas do mar angolano. 

A também bióloga esclareceu que se trata da calibragem de acessórios montados para a análise dos recursos pesqueiros de fundo, na vasta costa marítima do país, facto que “não inviabiliza a navegabilidade normal da embarcação científica”. 

“Neste momento, o Navio Baía Farta atracou na costa marítima angolana, onde está a ser intervencionado. Tão logo se conclua a afinação dos equipamentos, o aparelho vai retomar as suas operações de investigação científica”, assegurou a responsável em entrevista à ANGOP, cuja íntegra será publicada nos próximos dias.

O cruzeiro científico Baía Farta visa estimar a biomassa e a estrutura de comprimento das principais espécies demersais, como os esparídeos, corvinas, roncadores, garoupas e outras tipologias de cardume de interesse comercial. 

A realização do períplo investigativo resulta dos êxitos obtidos durante a última fase dos testes de mar, realizados de 25 de Maio a 3 de Junho deste ano. 

Findo esse período, o fiscalizador atestou que a embarcação científica estava apta para a realização de cruzeiros, que buscam descrever as características biológicas das espécies, mapear a biodiversidade marinha e as condições ambientais (temperatura, salinidade, oxigénio dissolvido e fluorescência, incluindo a composição da fauna platónica). 

Segundo o roteiro a que ANGOP teve acesso, na altura do início do cruzeiro inaugural, o Baía Farta também percorreria a Região Centro Sul (Ponta das Palmeirinhas - Rio Cunene), durante 25 dias, o que não ocorreu devido à intervenção técnica em curso.

Orçado em cerca 80 milhões de dólares, o navio Baía Farta chegou ao país em 2018 e terminou a sua primeira fase de testes/provas do mar, em Abril de 2021.

Após a sua conclusão na Roménia, o navio, com 74 metros de comprimento, foi testado numa profundidade de dois mil e 212 metros, bem como a mais de cinco mil metros de profundidade no Oceano Atlântico durante a sua vinda para Angola. 

A embarcação, que permite 29 dias de autonomia no mar, dispõe de uma sala acústica, quatro laboratórios, um ginásio, camarotes duplos, cozinha, área de serviço com 15 monitores de comando e três computadores para o comando do Sonar (aparelho electrónico utilizado, geralmente, na navegação naval, para medir a distância entre a superfície da água e o fundo marinho). 





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