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Namíbia quer aproveitar experiência de Angola no sector petrolífero

     Economia              
  • Benguela • Terça, 20 Junho de 2023 | 18h41
Plataforma petrolífera (Foto Ilustração)
Plataforma petrolífera (Foto Ilustração)
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Lobito - A vice-ministra namibiana das Minas e Energia, Kornelia Shilunga, inteirou-se, esta terça-feira, no Lobito (Benguela), sobre as potencialidades das companhias petrolíferas Sonaref (Refinaria), Sonamet e Angoflex.

Segundo o secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Alexandre Barroso, esta visita surge na sequência de um memorando de entendimento assinado por Angola e a Namíbia neste sector.

O seu objectivo principal é a troca de experiência entre os dois países, já que Angola é produtora de petróleo e gás há muitos anos e a Namíbia teve recentemente uma descorberta desse produto no seu território.

"Nós respondemos ao apelo da Namíbia para utilizarmos a experiência adquirida ao longo dos anos na pesquisa e  produção, para uma caminhada conjunta, que permitirá a interação não só ao nível dos nossos governos, mas também das instituições públicas e privadas para uma indústria petrolífera forte", afirmou o secretário de Estado.

Na Sonaref, a delegação constatou a configuração do projecto, a interligação entre as infra-estruturas e sua funcionalidade, bem como os objectivos e metas da companhia, segundo o coordenador Guiomar Correira.

"Neste momento, estamos a finalizar algumas infra-estruturas como o terminal maritimo, estradas e terraços, para acomodar a fábrica em si e avançar para outra etapa", explicou.

A Refinaria do Lobito tem uma capacidade de produção projectada de 200 mil barris/dia e vai empregar cerca de oito mil trabalhadores.

Em relação a Sonamet, produtora de estruturas metálicas, a delegação, além do estaleiro, passou pela Escola de Formação "Paulo Teixeira Jorge", onde recebeu informações detalhadas sobre várias actividades implementadas na fábrica.

Este departamento forma especialistas em soldadura, calderaria, qualidade e controlo, ambiente, segurança e higiene no trabalho.

Passou também pela Angoflex, onde recebeu informações sobre o processo de fabricação, armazenamento e entrega dos umbilicais.

A Angoflex é a única fábrica em Angola e em África especializada em umbilicais. Neste momento encontra-se parada por falta de projectos.

Desde 2003 até a data, produziu cerca de 24 projectos para clientes como a Total, British Petroleum (BP) e ENI. A única exportação realizada pela companhia foi o projecto Mirakes, no final de 2020, enviado para a Malásia.

No final da visita, a vice-ministra fez saber que o seu país está muito interessado na troca de experiências com Angola, afirmado que vai explicar ao seu governo sobre o nivel de desenvolvimento que encontrou.

"A parceria que queremos concretizar no sector petrolifero não será benéfica apenas para Angola e a Namibia, mas para a região, já que a SADC está interessada na integração regional", sublinhou.

Fez questão de realçar o apoio político de Angola desde a luta armada até ao alcance da independência da Namíbia.

Kornelia Shilunga fez-se acompanhar do seu embaixador, Patrick Nandogo, e de alguns técnicos seniores do seu ministério.

Da parte angolana, esteve o Secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Alexandre Barroso, e o vice-governador de Benguela para a área técnica e infra-estruturas, Adilson Gonçalves, em representação do governador Luís Nunes.TC/CRB 

 





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