Sociedade debate projecto de exploração de petróleo

     Economia           
  • Namibe     Terça, 22 Dezembro De 2020    11h22  
As bacias do Baixo Congo e Kwanza são terrestres, mas grande parte das explorações em Angola são realizadas no mar
As bacias do Baixo Congo e Kwanza são terrestres, mas grande parte das explorações em Angola são realizadas no mar
ANGOP

Moçâmedes - O projecto de exploração de petróleo na bacia da província do Namibe foi discutido, segunda-feira, na cidade de Moçâmedes, entre o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás e membros da sociedade civil da região.

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, garantiu que só se vai avançar para a exploração de petróleo na bacia do Namibe depois de observadas as medidas que salvaguardem o meio ambiente e o bem-estar da população.

Para tal, ressaltou, decorrem estudos de impacto ambiental e consultas públicas para recolha de contribuições dos munícipes, com a finalidade de se realizar o trabalho de exploração de petróleo seguro e benéfico para todas as partes.

Disse que durante as consultas públicas serão recolhidas contribuições de ambientalistas, pescadores, biólogos, economistas, entre outros especialistas, para se avaliar as vantagens e desvantagens do referido projecto, que se encontra na primeira fase de implementação, das três previstas.

Referiu que os estudos e as consultas públicas visam evitar a adopção de medidas compensatórias em caso de eventuais riscos de carácter ambiental, físico, biológico e socio-económico causado pela exploração de petróleo.

“É natural existir preocupações por parte da população, que devem ser expostas e debatidas, em espaços como estes, de forma educada e construtiva. O nosso país possui recursos minerais que devem ser geridos de forma racional”, ressaltou.

Segundo o governante, a presumível extracção de petróleo na bacia do Namibe vai ajudar a alavancar o sector socio-económico da região, com o aumento de postos de trabalho, construção de infra-estruturas e instalação de bases logísticas de suporte às operações petrolíferas.

O encontro contou também com a participação do presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), Paulo Jerónimo, e de outros responsáveis do sector.

O litoral angolano é composto pelas bacias sedimentárias do Namibe e dos rios Congo e Kwanza, mas só as duas últimas produzem  petróleo em quantidades comerciáveis.

 

 

 

 





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