Moçâmedes - A indústria pesqueira na província do Namibe sofreu uma queda de captura no primeiro trimestre deste ano, ao registar 15.262 toneladas de pescado diverso, menos 40% em relação ao período análogo do ano anterior.
Os dados foram avançado à ANGOP, segunda-feira, pelo director provincial das pescas, Piedade Goanhe, tendo explicado que 56% do produto destinou-se ao consumo directo, 43% congelação e 1% para salga e seca.
Apontou algumas das espécies mais capturadas, com realce para o carapau, a sardinha, a corvina, o pargo, o cachucho, a lula, espada, o pescada, o caranguejo e o choco.
Segundo o director, existem na província 39 empresas pesqueiras, das quais uma paralisada, e oito salinas, estando as instituições divididas entre as localidades do Mucuio (1), Baba (2), Lucira (5), Moçâmedes (13) e Tômbwa com 18.
Fez saber que no período em referência o sector contabilizou 17.283 empregos directos e 51.849 indirectos.
O sub-sector salineiro emprega 196 cidadãos e produziu 3.531 toneladas de sal, o que representa um aumento de 2.327 toneladas.
Referiu haver ainda uma salina em construção, cuja entrada em funcionamento prevê que aumente a capacidade de produção do sal por ano, na província, das actuais 40.000 toneladas para 90.000. O mercado para o escoamento do produto abrange os países vizinhos da Zâmbia e República Democrática do Congo (RDC).
O director avançou estar em curso a elaboração do programa provincial de fomento da produção do sal, que visa aproveitar as potencialidades locais, a identificação de áreas para a criação de pólos de produção, a estruturação e definição da cadeia de valor e a construção de infra-estruturas de apoio. VR/FA/VC