Moçâmedes - Mais de cinco mil pescadores no activo no no município de Moçâmedes, capital da província do Namibe, não pagam a segurança social, revelou hoje, quarta-feira, à Angop o director do Gabinete das Pescas e do Mar, Piedade Goanhe.
O director que falava à margem do balanço provisório do Censo que decorreu no último Fevereiro na província, salientou que esta acção permitiu aferir que em Moçâmedes, mais de cinco mil pescadores não honram o compromisso de pagamento da segurança social , situação que permitiu o sector traçar algumas medidas para inverter o quadro e assegurar a pensão de reforma dos visados.
Para melhorar a situação, o diretor fez saber que o Gabinete Provincial das Pescas vai proceder, brevemente, ao lançamento de um programa específico denominado "Meu peixe a minha vida", com objectivo de sensibilizar os empresários e pescadores sobre a necessidade de se garantir a protecção social dos funcionários.
Disse ainda que o governo provincial do Namibe quer melhorar a política de protecção social dos pescadores, garantindo a inserção dos operadores no plano económico e social da província e promover a capacitação sócio-profissional dos pescadores nas comunidades.
" Este programa visa essencialmente despertar nos pescadores a necessidade de não considerarem a atividade como um emprego provisório, uma vez que tem grande impacto na economia da província", sublinhou.
Piedade Goanhe acrescentou que o Censo permitiu, igualmente, constatar que a maior parte dos operadores do subsector da pesca artesanal captura nos mares do município de Moçâmedes, sem honrar o pagamento de taxas inerentes ao exercício da actividade.
"Estamos a sensibilizar os operadores do subsector para que formalizem actividade junto das entidades competentes, para que possam estar legais e beneficiar das linhas de financiamento que o estado disponibiliza para o sector", reforçou.
Dados provisórios do Censo segundo responsável, permitiu aferir que mil e 80 embarcações dedicam-se a actividade pesqueira em Moçâmedes e na Lucira, desde rapas, chatas de “boca aberta”, boias de esferovite, arte de malha e outros meios que são de pesca de subsistência.
Adiantou que os trabalhos estatísticos decorrem no município do Tômbwa e posteriormente a divulgação dos resultados gerais. FA/MS