Capitania repõe legalidade na orla marítima de Moçâmedes

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  • Namibe • Sexta, 14 Junho de 2024 | 03h24
Obras no Porto do Namibe
Obras no Porto do Namibe
Morais Silva - ANGOP

Moçâmedes – Duzentas e 20 bóias e pequenas chatas que exerciam pesca ilegal na localidade do Saco-Mar, zona marítima de Moçâmedes, província do Namibe, foram destruídas esta semana, para garantir segurança de navegabilidade na área.

A operação foi efectuada por uma comissão multissectorial coordenada pela Capitania do Porto do Namibe e envolvendo outros órgãos afins, que depois de uma acção pedagógica e de sensibilização, durante um mês, decidiu partir para destruição (queima) dos meios, que colocavam em risco a movimentação de navios de grande porte na zona.

Em declarações à ANGOP, o capitão da Capitania do Porto do Namibe, Kamatá Chinhama, disse tratar-se de um processo desencadeado no âmbito da segurança marítima, para estabilizar e controlar os movimentos de navios que entram e saem deste espaço comercial.

“Esta é a nossa zona de jurisdição e temos a obrigação e competência de garantir a segurança da navegação marítima, combatendo a poluição e fiscalizando crimes de contrabando e outros que atentam contra a segurança no mar”, reforçou.

Segundo Kamata Chinhama, o uso de bóias, chatas, redes e outros meios na referida zona, onde circulam navios petrolíferos, preocupa as entidades governamentais por colocar em risco a navegabilidade, tal como ocorreu em Maio último, quando as redes de pesca enrolaram a hélice de um navio petrolífero de nacionalidade liberiana.

Contou que esse incidente solucionado pela intervenção da Capitania, que conseguiu puxar o navio que circulava numa velocidade que poderia embater na ponte e provocar a destruição de toda a infra-estrutura e causar grandes perdas humanas.

“Tivemos que movimentar rapidamente alguns mergulhadores, para retirar as redes na hélice do navio”, referiu.

No terminal do Saco-Mar, onde decorrem obras do Porto Mineraleiro, os pescadores atravessam e arriscam as suas vidas com as bóias, para pescar mariscos, usando candeeiros que podem provocar incêndio de grande proporção, segundo a fonte.

Para contrapor esse cenário, o capitão assegurou que será colocada uma fronteira na zona da ponte de descarga de combustível, para que não haja circulação de pessoas e viaturas.

Enquanto isso, os cidadãos que praticavam a actividade pesqueira de forma ilegal foram alertados a formar cooperativas, reunindo toda a documentação legalizada, para exercerem a pesca com segurança em locais apropriados.

Por causa da proibição, os pescadores decidiram manifestar-se junto da Governo Provincial do Namibe, onde foram apelados a praticar a pesca de forma legal e em segurança. FA/QCB





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